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terça-feira, 6 de outubro de 2009

III BH INDIE MUSIC - PROGRAMAÇÃO DA QUINTA SEMANA

Começa a Quinta Semana do III BH Indie Music e já estamos quase na reta final.

Em menos de um mês, mais de 100 shows de bandas independentes foram realizados em Belo Horizonte, pelo Festival.

Esta semana, têm tripla programação no Matriz: quinta, sábado (matinê) e domingo (noite), aproveitando a véspera de feriado e as bandas talentosas que passam pela cidade, nesta semana.

Encerraremos as atividades nas casas Hollywood Music Bar, no sábado e Conservatório Music Bar, no domingo, em festa antecipada.

Adiantamos nossas boas vindas às bandas Lavage (CE), Gametas (RJ), Madeleine K (SP), Vitrine (DF), Encore Break (SP), Sufoco (RJ) e Vento Terral (SP). Às bandas do interior mineiro Bonança (JF), Locus (Montes Claros), Del Ares (Divinópolis) e Cor de Fubá (Ouro Preto). As bandas da região Metropolitana Cidadão Comum (Rib. Neves) e Madrasta (Rib. Neves).

Às bandas de BH Luis Curinga, Outsides, Alethárgika, Ossos do Banquete, Cães do Cerrado, Ram, US Mula Preta, Studio Zero, Monograma , Simples, Kabalah e Quase Coadjuvante, prometem muita interação, integração e cordialidade a todos vocês.

Começamos com A Obra, nesta quarta.

A OBRA

07|10 - quarta-feira - 22H 


Outsides
 - BH

A banda Outsides foi formada em Outubro de 2008, tendo como formação inicial Henrique (Guitarra), Matheus (Baixo), Diogo (Voz), Ivan (Guitarra/Voz) e Felipe (Bateria).

Em Maio de 2009 a banda gravou as 5 primeiras demos (Futuro Atrasado, Tarde Demais, Bem Como Eu Sou, Show Marcado e Mundo Complexo)..

"Outsides" é uma expressão em inglês que se refere às pessoas que, por algum motivo não conseguiram entrar no show, e mesmo assim prestigiam a banda do lado de fora. Definir um estilo para a banda é um tanto quanto complicado. Tendo como influências principais o Hardcore e o Punk Rock Califórnia, Outsides não se prende somente à esses dois estilos, mas mescla também algumas de suas vertentes, como o Pop Punk, o Indie Rock e até mesmo uma pitada de Pop Rock.

A proposta da banda sempre foi fazer um som inovador, diferente, agradável de se ouvir e principalmente, original. é possível perceber facilmente pelas músicas que a banda não se prende a um ou dois estilos, tanto na composição das músicas quanto na parte instrumental. Outsides está sempre buscando evoluir, fazer um trabalho de qualidade e continuar na estrada divulgando o som para o Brasil inteiro.

Alethárgika - Betim

Tudo começou basicamente em novembro de 2007, com três violões desafinados, um baixo que nem era da banda e um teclado que improvisava a bateria. Mas foi em janeiro de 2008 que a banda se firmou, resolveram investir e então formar uma banda de verdade, assim nomeada Alethárgika, aprenderam juntos e cada um se identificou com seu instrumento.

Apesar do pouco tempo de banda,o primeiro convite para show surgiu em logo, a banda teve um bom desempenho tocando alguns covers e mostrou tambem sua primeira composição, "30 km". A partir dai surgiram convites para outros eventos e a vontade de fazer música do seu jeito veio crescendo.

Alethárgika ja tocou em casas de renomadas de Belo Horizonte e região, como Matriz e Estudio B, no II BH Indie Music, em colegios e Faculdades. Neste curto espaço de tempo Gabriela, Bárbara, Gustavo e Luiza vem compondo suas próprias musicas, fazendo um som pra cima, diferente e divertido, sem medo de se expessar. Cada música tem um diferencial, sempre inovador, com letras espontâneas e divertidas assim como os membros da banda que cada dia vem se dedicando mais, mostrando que seu diferencial não se restringe apenas à sua formação - 3 garotas e um rapaz.

A banda está buscando seu espaço e vem cativando cada vez mais aos que acompanham e aos que vêem a banda pela primeira vez. Atualmente estão mostrando seu som através da shows e internet. As comunidades referentes a banda também crescem e a Alethàrgika já possue faclub virtual em vários estados como Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

O nome também desperta muita curiosidade. Seu significado é bem simples, basta obsevar as letras e a animação das meninas e menino do Alethárgika, no palco.

Quase Coadjuvante - BH

Formada por Jonathan Tadeu (voz Guitarra), Filipe Monteiro (bateria) e Marcelo Luiz (baixo), a Quase Coadjuvante, surgiu em março de 2009. Jonathan e Filipe , já haviam tocado juntos em uma banda que atendia pelo nome de Jonas!. A banda formada no fim de 2005 teve várias mudanças de formação e só conseguiu se definir com a entrada de Marcelo em 2009. Com a sua entrada a banda resolveu mudar de nome e se tornou Quase Coadjuvante no início de 2009. As influencias vão desde o samba-canção de Nelson Cavaquinho e Cartola, ao rock alternativo feito no início dos anos 90 por bandas como Pavement, Weezer, Nirvana, Mineral e voltando ao Brasil com a jovem guarda de Roberto Carlos. A banda gravou entre os meses de maio e junho, no Estudio Casa Antiga (Fabrício Galvani) o primeiro EP intitulado '' Tributo ao que ainda está por vir'' lançado no início de setembro.

07|10 - quarta-feira
A Obra - III BH Indie Music

Shows das bandas independentes Outsides, Alethárgika e Quase Coadjuvante.
Rua Rio Grande do Norte, 1168 – Savassi
Ingressos: R$7,00 
Horário: 22H
Info: 31 3261.9431
Censura: 18 anos

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MATRIZ

No Matriz, o show das bandas bandas Del Ares (Divinópolis), Ossos do Banquete, Cães do Cerrado e  Ram vão mostrar, ao vivo, o melhor da nova safra de bandas de BH.

Na quinta, os shows começam às 22:30h.

Acompanhem o maior festival de bandas independentes de todo o país.

Vamos saber mais, sobre as outras bandas, desta quinta-feira...

SOBRE AS BANDAS DESSA SEMANA

Del Ares - Divinópolis/MG

O nome "DEL ARES " foi uma combinação da palavra originada da língua espanhola DEL que em português significa "DO" e ARES - originada da mitologia grega, onde ARES é o Deus da guerra. Simbolicamente poderia ser traduzido por "SOLDADOS DE ARES", ou "AQUELES PREPARADOS PARA A GUERRA", neste sentido. Se querem a paz, preparem-se para a guerra, não? 
O som da Banda possui um vigor intenso e critativo, exploração contínua de harmonias, countour-lines e riffs fora do convencional, com traços de saudosismo da época áurea do Rock n..roll. Todos da banda são influenciados por grupos originados da década de 60 e 70, como BEATLES, ROLLING STONES, LED ZEPPELIN, DEEP PURPLE, JIMI HENDRIX, AC/DC, inclusive sons mais contemporâneos como GUNS N..ROSES, SOUNDGARDEN,VELVET REVOLVER, SLASH..S SNAKEPIT. Apesar disso, procuram não deixar-se inspirar demais nos heróis para evitar a descaracterização da personalidade própria da banda. 
A música veio primeiro. Não são nem maiores nem melhores que ela. São seus instrumentos de propagação da sua mensagem musical... 
Portanto, deixe tudo fluir, deixe que tudo seja... E, acima de tudo, DIVIRTA-SE!

Ossos do Banquete - Betim

Banda formada no final da década de 90 e consolidada em Fevereiro de 2003, a Ossos do Banquete tem como principais influências o Rock Nacional dos Anos 80 e o Punk Rock nascido na Vila Mariana - SP, ABC Paulista, Brasília e o rock nervoso do Camisa de Vênus e Raul Seixas. Desde sua consolidação a banda vem trilhando o caminho da música autoral independente e concebendo versões de músicas de bandas clássicas do cenário underground e de músicas lado B de bandas consagradas. Definida como uma banda punk, a Ossos do Banquete busca cantar com vigor a realidade humana (pessoal e social).

O que se faz são letras que questionam, instigam e muitas vezes incomodam; revestidas de uma pegada rock 'n' roll simples mas vigorosa. Ao vivo presença palco contagiante e acima de tudo, envolvente.

Cães do Cerrado - BH

No cerrado os cães são sujos, com sangue nos olhos. E entre árvores baixas e retorcidas, através de seus frutos de gosto forte, há pessoas que arrastam a vida. Como cães, tratados sempre a pontapés.

Sem muita técnica e com muito ímpeto, os Cães do Cerrado têm tudo para ser um grande desastre... E o desastre é o que eles querem! Musicalmente influenciados pelo punk seminal da década de 70, mas contaminando essa sonoridade estrangeira com suas próprias raízes e sua própria realidade, os Cães do Cerrado são seis garotos de uma cidade grande que escutam rock, mas que se lembram das histórias de seus pais e avós na pobreza e no interior de Minas Gerais.

Músicas fortes e apresentações intensas e vigorosas: entregando seus corações, suas mentes e tudo o que são à expressão imprudente do que têm dentro de si, os Cães são um desastre envolvente, com guitarras distorcidas e com alma!

RAM - BH

Talvez seja a transparência o motivo do alcance da música do Ram junto ao público. A naturalidade visível nas composições da banda, das letras aos arranjos e nas performances é o que legitima o grupo como autêntico rock n´ roll. Além do ecletismo das apresentações, que vão do folk ao fusion experimental e passam pelo soul e rock, a banda encanta pelo seu feeling, causando também aquela estranheza inicial frente ao não óbvio. 

Na mídia especializada, além de receber boas críticas em zines virtuais.

O Ram disponibilizou uma faixa, The white rat and improvised hit, para a compilação Brazilian Blues, produzido pelo músico,produtor e radialista Cézar Heavy. A mesma faixa faz parte do curta-metragem Ludcanti show, de Renato Gaia. A banda também é responsável pela trilha sonora do curta Animajazz, do mesmo Jackson Abacatu, filme que será exibido em breve pela TV Brasil.

08|10 - quinta-feira
Matriz - III BH Indie Music

Shows das bandas independentes Del Ares (Divinópolis), Ossos do Banquete, Cães do Cerrado e Ram.
Rua Guajajaras, 1353 – Centro
Ingressos: R$8,00
Horário: 14H
Info: 31 3212.6122
Censura: 16 anos

PROMOÇÃO - INGRESSOS À R$5,00 ATÉ ÀS 22HORAS

 

MOTOROCK

BONANÇA - Juíz de Fora/MG

A banda Bonança surgiu no final de 2008 com o intuito de levar calmaria, a tranquilidade às pessoas. Preocupados com a boa música, o Bonança traz em suas composições a temática e as harmonias da Bossa misturadas com traços de um leve rock.
O grupo é encabeçado por Saulo Costa (vocal/guitarra/violão) e Vinícius Steinbach (teclado/cavaquinho) - que fundaram a banda com o nome de Bonança Trio. Em 2009 Daniel Guimarães (bateria) se juntou ao grupo, agora Bonança, dando as condições que precisavam para encontrar o meio termo entre a Bossa e o Rock!
Desde a sua formação até hoje, o Bonança vem levando seu som aos principais palcos de Juiz de Fora. No final de 2008, levou a calmaria até a cidade maravilhosa, onde se apresentou no Saloon 79, em Botafogo. No dia 26 de fevereiro lançou uma Demo virtual e o site www.bonancatrio.com.br, no Café Musik em Juiz de Fora. Para marcar esse momento o trio distribuiu gratuitamente para o público presente suas músicas, via bluetooth e pen drive, iniciativa inédita entre as bandas da cidade.

GAMETAS - RJ

GAMETAS é uma banda de rock carioca formada em 2000 e conta em sua atual encarnação com Claudio Paradise "Von Drakulelvis" (voz e guitarra), Iuri "Escabroso" (guitarra-solo), Diego "Drugue" (baixo e vocal) e Rafael Bralha (bateria e vocal). O primeiro registro dessa formação consiste em uma demo de 10 músicas intitulada "Sessões de Tortura Extrema", lançada em junho de 2008. Gravada com "Escabroso" na bateria, conta com as guitarras de Paradise e Iuri e a participação de "Drugue" no baixo em algumas faixas. Hits instantâneos como "Deusa Suburbana", "Transas Virtuais" e "Terno Moderno" dão o tom da bolacha: letras abordando temas inusitados com pouco ou quase nenhum apelo romântico e uma enorme variação melódica. Tudo isso dentro de uma estética punk/glam rock que remete ao som de bandas como KISS, Ramones e Nirvana entre outras tantas influências declaradas dos rapazes.

US MULA PRETA - BH

Banda de rock? Banda de choque? Banda de Lóki? Quem poderia saber?

Os temas não poderiam ser outros: Agonia, solidão vegetal, pornografia caipira polarizada em absoluto, propagada pelos auto-falantes do inferno de uma sociedade compulsiva, consumista e tecnocrata!

Us Mula Preta produzem um som impactante, dotados de autenticidade, somados a gritos pela liberdade do pensamento e pelo "sagrado cerrado". Formado em meados de 2006 "pastando" juntos desde então nas periferias de Belo Horizonte. Us Mula Preta, mesmo em um curto período, alcançou um entrosamento e uma performance altamente comunicativa e expressiva. Em 2008 foi dado início as gravações do primeiro cd/ep. O disco, com quatro músicas revela uma banda com uma pegada contagiante, dançante, mas também reflexiva ao apresentarem letras em prol de uma consciência ecológica, referencias literárias beatniks e roseanas, questionamentos em prol da justiça social e experiências autênticas de quem vive o que canta e toca. Us Mula Preta estão se apresentando e divulgando o primeiro cd/ep em casas alternativas de Belo Horizonte e despertando a atenção daqueles que procuram por autenticidade e novas formas de conceber o som.

09|10 - sexta-feira
Motorock - III BH Indie Music

Shows das bandas independentes Gametas (RJ), Bonança (JF) e US Mula Preta.
Ingressos: R$5,00.
Horário: 21H
Rua São Paulo, 1480 – Lourdes
Censura: 18 anos

MATRIZ

10|10 - sábado - 14H 

STUDIO ZERO - BH

Sem Legenda

O nome Studio Zero surgiu de uma brincadeira, no momento em que o Governo Federal lançava o programa FOME ZERO que estava sendo implantado no Brasil, então juntando a fome com a vontade de comer e surgiu o nome "STUDIO ZERO".

Fundada em meados 2004, a banda Studio Zero, foi a primeira banda de Pop Rock do bairro Taquaril, fato considerado um tanto quanto inusitado, por ter nascido em meio a um cenário em que á ampla predominância de grupos como Hip-hop, Rap, gênero de grande influência do momento.
No inicio de 2009 a banda começou processo de gravação e elaboração de arranjos e novas músicas autorais. Com cinco músicas já gravadas com recursos independentes, a banda tem o objetivo principal trabalho autoral.

CIDADÃO COMUM - Ribeirão das Neves

Do rock: a energia.
Do rap: a poesia.
Do funk: o ritmo.
Tudo isso mesclado com as batidas do manguebeat e de outros sons brasileiros.
Este é o 'Cidadão Comum'.

A banda existe desde 1999 (antiga Banda Orfeu) e já dividiu o palco com Dead Fish, Concreto, Radar Tantã entre outras.
Em suas músicas, o grupo faz uma leitura crítica da atualidade, somando ao olhar sobre a periferia uma visão contundente sobre a própria sociedade que a produz. 
Atualmente gravando seu primeiro CD a banda teve seu trabalho reconhecido com a seleção para o programa Vozes do Morro 2009, um iniciativa do Governo de Minas, do Servas e do Sert-MG. O 'Cidadão Comum' faz parte do Coletivo Semifusa, projeto de música independente que visa promover a cultura no município de Ribeirão das Neves.

MADRASTA - Ribeirão das Neves

A idéia começou simples a quase oito anos atrás quando um de dois amigos totalmente sem grana, ganhou seu primeiro violão. Metamorfoseando as idéias em acordes, nasceu a Madrasta em 2003. 

Após um longo período de apresentações em diferentes lugares à banda vem crescendo em maturidade. Fixando-se cada vez mais no cenário musical, o principal projeto da banda é seu CD que promete estar em breve circulando pelos enterados. Enquanto isso seguem cantando o bom e velho rock'n roll, onde encontram os curiosos descobridores da musica independente.

BONANÇA - Juíz de Fora/MG

A banda Bonança surgiu no final de 2008 com o intuito de levar calmaria, a tranquilidade às pessoas. Preocupados com a boa música, o Bonança traz em suas composições a temática e as harmonias da Bossa misturadas com traços de um leve rock.
O grupo é encabeçado por Saulo Costa (vocal/guitarra/violão) e Vinícius Steinbach (teclado/cavaquinho) - que fundaram a banda com o nome de Bonança Trio. Em 2009 Daniel Guimarães (bateria) se juntou ao grupo, agora Bonança, dando as condições que precisavam para encontrar o meio termo entre a Bossa e o Rock!
Desde a sua formação até hoje, o Bonança vem levando seu som aos principais palcos de Juiz de Fora. No final de 2008, levou a calmaria até a cidade maravilhosa, onde se apresentou no Saloon 79, em Botafogo. No dia 26 de fevereiro lançou uma Demo virtual e o site www.bonancatrio.com.br, no Café Musik em Juiz de Fora. Para marcar esse momento o trio distribuiu gratuitamente para o público presente suas músicas, via bluetooth e pen drive, iniciativa inédita entre as bandas da cidade.

LOCUS - Montes Claros/MG

Músicas de sentimentos conturbados, de contrastes, emoções e euforia à flor da pele. 
A Locus é feita do calor da fúria e da sobriedade da reflexão, da dor de um mundo injusto e da alegria de confrontar esse mundo em busca de um único sonho trilhado por cinco mentes complementares. A melodia e a distorção, o grito e a poesia, suor e lágrimas, velocidade e calmaria, todos juntos, entrelaçados.

A música vai além da técnica desmedida, ou da obediência sistemática de regras. Seria mais como uma tentativa de musicar a regra, e fazer dela exceção, ou de subjugar os padrões para despadronizar. Música de atitude, sim, mas, também, música de uma qualidade peculiar, a de dar forma aos medos, a dor, a alegria e a raiva.

VITRINE - DF

O Vitrine nesceu em Brasília e tem a formação atual desde 2006.
A proposta autoral da banda consiste em explorar influências do Pós-punk, Rock Brasília dos anos 80 e as novas influências do Rock inglês dos anos 2000.
A banda conta com Mark Santana no contrabaixo, Israel Veloso nos vocais e guitarra, Davi Kaus na guitarra solo e Anderson Gomes na bateria.

O Vitrine já dividiu palco com bandas bastante expressivas de Brasília, como Móveis Coloniais de Acajú, Beto Só, Capotones, Megafone, atual Suíte Super Luxo, Plastique Noir, Lesto!, Motherfish, The Envy Hearts, 5 Generais, entre outras. 
A partir de 2007, com o lançamento da primeira demo, a banda já chama a atenção da mídia especializada, pela qualidade de composição e pela energia dos shows. As músicas "Egoísmo" e "Pretensão" ficam entre as mais pedidas na Rádio Cultura FM e a banda passa pelos principais palcos de Brasília.

Atualmente a banda se encontra em processo de produção de seu primeiro disco no estúdio Daybreak, em Brasília, com produção de Philippe Seabra (Plebe Rude).

MADELEINE K - Sorocaba/SP

Após a dissolução da antiga banda dos guitarristas Sidan e Denilson Rogozinski, os irmãos se juntam à baixista/fotógrafa Bea Rodrigues e ao baterista Renan Ruiz para produzir um trabalho próprio calcado em influências noventistas e algumas pontadas alternativas, em dezembro de 2006. A formação durou dois anos, e após a saída de Renan, Raphael Pilon assume as baquetas em maio de 2009, pouco depois da conclusão do EP CAPETO, gravado de Julho '08 até Abril '09. 
O EP conta com oito músicas próprias e está disponível no myspace da banda para download.
As influências principais são Pearl Jam, Sonic Youth, Hole, Sleater-Kinney, Queens of the Stone Age, Melissa Auf der Maur e Pixies.

10|10 - sábado

14H - III BH Indie Music 
Shows com as bandas Madeleine K (SP), Studio Zero, Vitrine (DF), Bonança (JF), Cidadão Comum (Rib. Neves), Madrasta (Rib. Neves) e Locus (Montes Claros).
Entradas: R$10,00 (na hora) e R$8,00 (antecipados).
Censura: 14 anos 
Veja o panfleto do III BH Indie Music 

 

HOLLYWOOD MUSIC BAR

10|10 - sábado - 21H 

Encerramos a participação da Casa parceira Hollywood Music Bar em festa e agradecimento à abertura inédita do espaço ao festival e à cena independente de música. A programação do Hollywood, na última semana do festival, dia 17/10, será alocada no Motorock.

Obrigado Hollywood, pelo espaço, respeito e incentivo ao projeto que levou ao palco da casa 14 bandas independentes do país, entre elas, as bandas Project XK, Drama Beat, Projeto Trator, Foil Empire e Projeto da Mata, de São Paulo. As bandas Velhos e Usados e Velásquez, de Brasília. A banda Contra-Capa, do Rio de Janeiro. E as bandas daqui Hotel Tofu, Circular 01 e Maria Melodia (Sete Lagoas). Agradecemos em nome de todos, destas bandas.

Com categoria e qualidade, fecham o III BH Indie Music em 2009 no Hollywood Music Bar, as bandas Vento Terral (SP), Monograma e Cor de Fubá (Ouro Preto).

VENTO TERRAL - Guarulhos/SP

O tempo vai passando e a a tendência natural é a evolução. O grande lance é estar atento, ir captando mensagens e informações visíveis a olho nu, e outras nem tanto assim, nas entrelinhas. A real é que isso vai ajudando a moldar um (ou entenda alguns) ser, um grupo, uma banda. O tempo também é dividido com situações adversas, a cada dia com mais informações, mais situações. Em meio a esse bombardeio é necessário filtrar tudo com uma peneira bem fina, para separar o que vale ser levado pra frente consigo, em sua jornada da vida.

Idéias, pensamentos, criações, transformações. Com a música trocam experiencias e informações, entre si e com o público. Fazem isso para se divertirem, aprenderem e entreterem.

Mais na ativa do que nunca, estão trabalhando. E o resultado disso será apresentado em breve de duas maneiras.

No forno, ainda esperando gratinar, o futuro EP, INDIVIDUAL E COLETIVO, produzido por TUTO FERRAZ.

Na paralela, começam a registrar em áudio, periodicamente, novos sons, novas idéias, novos arranjos que rolam nos ensaios. Esse material será disponibilizado na net através do Twitter e MySpace. Para por em prática e demonstrar esse trabalho contam com a ajuda do brother GABIRU, em seu estúdio TUBO DE ENSAIO.

MONOGRAMA - BH

Dia a dia, a banda Monograma conquista espaço e fãs. Rapidamente, deixaram de ser uma banda de amigos que se divertiam fazendo suas próprias canções. Hoje trabalham duro para entreter as dezenas de fãs que os seguem. Suas músicas já tocam nas rádios e no país e, em pouco tempo, conquistaram prestígio e respeito na cena mineira.

"Monograma" surgiu, e virou a personagem principal na vida de quatro amigos. Diego, Guilherme, Jean e Leonardo montaram a banda em fevereiro de 2006, e decididamente mergulharam no sonho de fazer um som completamente envolvente e único.

Quem ouve as músicas, diz que tem um pouco de "Beatles", "Kings of Leon" e não estão errados. As influências estão todas lá. Contudo, o que os quatro amigos sentem, é que o som, cada vez mais se parece com "Monograma", e que as letras e melodias seguem construções baseadas, não no que ouvem, mas no que são eles mesmos.

COR DE FUBÁ - Ouro Preto/MG

Fundado em junho de 2006, como pesquisa da formação de banda de pife, o Cor de Fubá iniciou sua trajetória elaborando o cortejo "Novos Brincantes", além do show "Receitas Caseiras", com a introdução de intervenções cênicas, de novos timbres percussivos e instrumentos como o trombone e a rabeca. Paralelo a esses trabalhos o grupo desenvolveu um estudo de percussão corporal que deu origem ao micro espetáculo "Paranandá".

Surge, mais tarde, o show "Permacultura" com a ambição de miscigenar outras texturas sonoras com idéias do grupo, propondo um estilo musical próprio. Hoje o Cor de Fubá soma aos arranjos: cavaquinho, sax, trompete, contrabaixo, bateria, percussão, entre outras experimentações que o recurso eletrônico pode oferecer. Recursos de vídeo e performances plásticas e teatrais fazem dele um espetáculo artístico empolgante e completo. O grupo também já ministrou oficina de Introdução Musical em Composição Orgânica.

10|10 - sábado
Hollywood Music Bar - III BH Indie Music

Shows das bandas independentes Vento Terral (SP), Monograma e Cor de Fubá (Ouro Preto).
Ingressos: R$10,00 
Horário: 21H
Rua Jacuí, 3862 – Ipiranga
Info: 31 3267-1777
Censura: 18 anos

STONEHENGE ROCK BAR

10|10 - sábado - 22H 

Penúltima semana do festival na tradicional casa rocker de Belo Horizonte que esta semana recebe bandas do Rio, São Paulo e do Ceará que prometem, juntas, balançar o herméticamente lacrado quartinho infernal do Stone.

GAMETAS - RJ

GAMETAS é uma banda de rock carioca formada em 2000 e conta em sua atual encarnação com Claudio Paradise "Von Drakulelvis" (voz e guitarra), Iuri "Escabroso" (guitarra-solo), Diego "Drugue" (baixo e vocal) e Rafael Bralha (bateria e vocal). O primeiro registro dessa formação consiste em uma demo de 10 músicas intitulada "Sessões de Tortura Extrema", lançada em junho de 2008. Gravada com "Escabroso" na bateria, conta com as guitarras de Paradise e Iuri e a participação de "Drugue" no baixo em algumas faixas. Hits instantâneos como "Deusa Suburbana", "Transas Virtuais" e "Terno Moderno" dão o tom da bolacha: letras abordando temas inusitados com pouco ou quase nenhum apelo romântico e uma enorme variação melódica. Tudo isso dentro de uma estética punk/glam rock que remete ao som de bandas como KISS, Ramones e Nirvana entre outras tantas influências declaradas dos rapazes.

LAVAGE - Fortaleza/CE

A banda Lavage nasceu em meados de 2003 a partir de uma reunião de amigos. O objetivo é tocar rock por diversão e sem responsabilidade com técnica apurada e estilos rígidos. Atualmente a banda é composta por Bruno Andrade (vocais), Taumaturgo Moura e Everardo Maia (guitarras), Rafael Maia(baixo) e Rogério Ramos (bateria).
Intitulada como "anti-estilo", a sonoridade da banda está calcada basicamente no punk rock clássico e oitentista, de bandas como Ramones, The Clash, Sex Pistols e Dead Kennedys. Juntam-se a esses sons, as contribuições de outras vertentes mais atuais do rock, tais como o indie rock. O resultado é um som mutante, difícil de ser enquadrado em classificações musicais rígidas, mas que é capaz de atingir e contagiar os mais variados públicos. 
O modo de produção das músicas é um dos diferenciais da banda Lavage. Desde o CD de estréia, gravado em 2003, a banda adota uma postura bastante independente. Todo material produzido é gravado e editado no estúdio de um dos guitarristas. A partir do domínio de todas as etapas da produção, a banda acredita que pode manter a fidelidade aos seus objetivos. 
Em seis anos de atuação na cena de rock cearense, a banda Lavage já lançou três trabalhos. Em seu mais recente trabalho, intitulado "Krisis", lançado em julho de 2008, durante o Festival Forcaos, a banda tem obtido boa repercussão junto ao público e mídias especializadas. Contendo treze canções autorais (cantadas em português e inglês), o CD possui uma faixa bônus interativa com o videoclipe da canção "No longer", que já está sendo veiculado em emissoras locais e na internet.

SUFOCO - RJ

SUFOCO é uma banda carioca de Pop Rock, fundada em 2006. 

A banda tem letras atuais, compostas pela vocalista Maria Martins, melodias marcantes e um som inconfundível, sempre conectados à realidade ao seu redor!

ENCORE BREAK - Sorocaba/SP

Sabe quando alguma coisa demora pra acontecer? Sem essa de sentar e esperar, ou mesmo bater a cabeça na parede, corra atrás e faça.
Há pelo menos uns seis, sete anos atrás eu sempre encontrava um garoto na praça em frente minha casa tocando seu violão, até que um dia cheguei e disse: "Cara, você vai ter uma banda de rock e vai gravar discos ótimos".
O garoto encontrou um parceiro à sua altura, um cara com uma vontade absurda de fazer música e, juntos formaram a tal banda.

Encore Break aconteceu na hora certa.

Fizeram boas canções e foram lapidando uma a uma durante shows, ensaios e mudanças na formação na banda, e agora que o quinteto está firme e sólido podemos dizer que as canções criaram vida própria, e que por isso, precisavam ser compartilhadas com você.

Entraram em estúdio no segundo semestre de 2008 para registrar seu primeiro trabalho, e pelo que pude ouvir eles conseguiram exatamente o que queriam, temos a calmaria de uma tarde de verão na Califórnia, temos a fúria de Seattle em meados de 92, o cheiro de novo e aquele gosto do Bourbon quando lentamente degustado. Não vou falar de influências, isso é mais interessante quando vem de dentro, se você tiver influências boas como as deles certamente vai perceber muito de muita coisa, e coisa muito boa.

Ouça o EP "About" e me diga se não é esse o caminho.

10|10 - sábado
Stonehenge Rock Bar - III BH Indie Music

Shows das bandas independentes Gametas (RJ), Encore Break (SP), Lavage (CE) e Sufoco (RJ).
Ingressos: R$10,00 
Horário: 21H
Rua Tupis, 1448 - Barro Preto
Info: 31 3271-3476
Censura: 18 anos

CONSERVATÓRIO MUSIC BAR

11|10 - domingo - 17H 

Encerramos a participação da Casa parceira Conservatório Music Bar em festa e agradecimento à abertura inédita do espaço ao festival e à cena independente de música.

Obrigado Conservatório, pelo espaço, respeito e incentivo ao projeto que levou ao palco da casa 19 bandas independentes do país, entre elas, as bandas Plame, Drama Beat e Espasmos Do Braço Mecânico, de São Paulo. As bandas Liwafelk, Velhos e Usados e Velásquez, de Brasília. A banda Contra-Capa, do Rio de Janeiro. E as bandas daqui Monograma, As Horas, Konken (Vespasiano), Utopia e Mario Broz. Agradecemos em nome de todos.

Com categoria e qualidade, fecham o projeto em 2009 no Conservatório, as bandas Simples, Encore Break (SP), Vento Terral (SP), Madeleine K (SP), Vitrine (DF) e Kabalah.

SIMPLES - BH

Foto_Simples.jpg Simples image by bhindiemusic

A banda SIMPLES foi criada por volta de 1999 pela paixão de dois irmãos pela música, Diogo Pertence e Daniel Pertence, que de dentro do quarto, tocando para amigos, parentes e vizinhos deram as suas músicas simples uma identidade.

Por vários anos a banda foi uma dupla de guitarra e bateria, tudo muito simples, com um som muito cru e sem enfeites, dai a origem do nome SIMPLES. No final de 2008 decide-se que um baixista na banda cairia bem, ai que nove anos tocando só com guitarra e bateria a banda agrega mais um integrante Richardson Clark, o baixista, que com uma marcação forte preenche um vazio na banda.

Esse é o SIMPLES sem definição de estilo, simplesmente música boa e autoral!

ENCORE BREAK - Sorocaba/SP

Sabe quando alguma coisa demora pra acontecer? Sem essa de sentar e esperar, ou mesmo bater a cabeça na parede, corra atrás e faça.
Há pelo menos uns seis, sete anos atrás eu sempre encontrava um garoto na praça em frente minha casa tocando seu violão, até que um dia cheguei e disse: "Cara, você vai ter uma banda de rock e vai gravar discos ótimos".
O garoto encontrou um parceiro à sua altura, um cara com uma vontade absurda de fazer música e, juntos formaram a tal banda.

Encore Break aconteceu na hora certa.

Fizeram boas canções e foram lapidando uma a uma durante shows, ensaios e mudanças na formação na banda, e agora que o quinteto está firme e sólido podemos dizer que as canções criaram vida própria, e que por isso, precisavam ser compartilhadas com você.

Entraram em estúdio no segundo semestre de 2008 para registrar seu primeiro trabalho, e pelo que pude ouvir eles conseguiram exatamente o que queriam, temos a calmaria de uma tarde de verão na Califórnia, temos a fúria de Seattle em meados de 92, o cheiro de novo e aquele gosto do Bourbon quando lentamente degustado. Não vou falar de influências, isso é mais interessante quando vem de dentro, se você tiver influências boas como as deles certamente vai perceber muito de muita coisa, e coisa muito boa.

Ouça o EP "About" e me diga se não é esse o caminho.

MADELEINE K - Sorocaba/SP

Após a dissolução da antiga banda dos guitarristas Sidan e Denilson Rogozinski, os irmãos se juntam à baixista/fotógrafa Bea Rodrigues e ao baterista Renan Ruiz para produzir um trabalho próprio calcado em influências noventistas e algumas pontadas alternativas, em dezembro de 2006. A formação durou dois anos, e após a saída de Renan, Raphael Pilon assume as baquetas em maio de 2009, pouco depois da conclusão do EP CAPETO, gravado de Julho '08 até Abril '09. 
O EP conta com oito músicas próprias e está disponível no myspace da banda para download.
As influências principais são Pearl Jam, Sonic Youth, Hole, Sleater-Kinney, Queens of the Stone Age, Melissa Auf der Maur e Pixies.

VITRINE - DF

O Vitrine nesceu em Brasília e tem a formação atual desde 2006.
A proposta autoral da banda consiste em explorar influências do Pós-punk, Rock Brasília dos anos 80 e as novas influências do Rock inglês dos anos 2000.
A banda conta com Mark Santana no contrabaixo, Israel Veloso nos vocais e guitarra, Davi Kaus na guitarra solo e Anderson Gomes na bateria.

O Vitrine já dividiu palco com bandas bastante expressivas de Brasília, como Móveis Coloniais de Acajú, Beto Só, Capotones, Megafone, atual Suíte Super Luxo, Plastique Noir, Lesto!, Motherfish, The Envy Hearts, 5 Generais, entre outras. 
A partir de 2007, com o lançamento da primeira demo, a banda já chama a atenção da mídia especializada, pela qualidade de composição e pela energia dos shows. As músicas "Egoísmo" e "Pretensão" ficam entre as mais pedidas na Rádio Cultura FM e a banda passa pelos principais palcos de Brasília.

Atualmente a banda se encontra em processo de produção de seu primeiro disco no estúdio Daybreak, em Brasília, com produção de Philippe Seabra (Plebe Rude).

Nesta edição especial para o III BH Indie Music, a proposta é a interação entre as boas bandas da periferia de Belo Horizonte e do interior do Estado, com a cena independente do Brasil, representada pelas bandas Madeleine K, de São Paulo e Vitrine, de Brasília.

Num mesmo palco, sete bandas se apresentam no maior festival de bandas independentes do país.

VENTO TERRAL - Guarulhos/SP

O tempo vai passando e a a tendência natural é a evolução. O grande lance é estar atento, ir captando mensagens e informações visíveis a olho nu, e outras nem tanto assim, nas entrelinhas. A real é que isso vai ajudando a moldar um (ou entenda alguns) ser, um grupo, uma banda. O tempo também é dividido com situações adversas, a cada dia com mais informações, mais situações. Em meio a esse bombardeio é necessário filtrar tudo com uma peneira bem fina, para separar o que vale ser levado pra frente consigo, em sua jornada da vida.

Idéias, pensamentos, criações, transformações. Com a música trocam experiencias e informações, entre si e com o público. Fazem isso para se divertirem, aprenderem e entreterem.

Mais na ativa do que nunca, estão trabalhando. E o resultado disso será apresentado em breve de duas maneiras.

No forno, ainda esperando gratinar, o futuro EP, INDIVIDUAL E COLETIVO, produzido por TUTO FERRAZ.

Na paralela, começam a registrar em áudio, periodicamente, novos sons, novas idéias, novos arranjos que rolam nos ensaios. Esse material será disponibilizado na net através do Twitter e MySpace. Para por em prática e demonstrar esse trabalho contam com a ajuda do brother GABIRU, em seu estúdio TUBO DE ENSAIO.

KABALAH - BH

Na estrada desde o início de 2005, a banda Kabalah, achou na sonoridade e na alegria do reggae a maneira mais simples e sincera de levar sua mensagem às pessoas. Mesmo não sendo adepto da filosofia de vida rastafári, filosofia respeitada na qual se exige grande evolução de espírito e sabedoria, o quarteto formado por Radu (voz e guitarra), Digão (guitarra solo), Râmede Pereira (bateria) e Matheus (baixo) aposta na positividade do som jamaicano, aliada a ritmos brasileiros – samba, maracatu, coco, ragga – como forma de expressão.

"Para quem gosta de reggae, o som do Kabalah é forte e marcante. Por pouco tempo, tive a oportunidade de ouvir o ensaio da banda e sentir que entre os caras, rola realmente uma energia, algo diferente. A banda busca e consegue sair do lugar comum, de uma forma natural, sem fazer força. Reggae como o do Kabalah não é fácil de se ver por aí, ainda mais em BH"

11|10 - domingo
Conservatório Music Bar - III BH Indie Music 

Shows das bandas independentes Simples, Encore Break (SP), Vento Terral (SP), Madeleine K (SP), Vitrine (DF) e Kabalah.
Ingressos: R$10,00 
Horário: 17H
Rua Timbiras, 2041 – Lourdes
Info: 31 3213-8375
Censura: 18 anos

MATRIZ

11|10 - domingo - 21H 

Véspera de feriado e o som do rock no Matriz na noite de domingo, encerra a Quinta Semana do III BH Indie Music com as bandas Lavage (CE), Gametas (RJ), Sufoco (RJ), Locus (Montes Claros) e Luis Curinga.

Palco de mais uma edição especial para o III BH Indie Music, a interação entre as boas bandas da cena independente do Brasil, continua.

Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Ceará e Montes Claros, muito bem represenatos pelas bandas da noite que fecham, juntas, a Quinta Semana e penúltima semana do maior festival de bandas independentes do país.

LAVAGE - Fortaleza/CE

A banda Lavage nasceu em meados de 2003 a partir de uma reunião de amigos. O objetivo é tocar rock por diversão e sem responsabilidade com técnica apurada e estilos rígidos. Atualmente a banda é composta por Bruno Andrade (vocais), Taumaturgo Moura e Everardo Maia (guitarras), Rafael Maia(baixo) e Rogério Ramos (bateria).
Intitulada como "anti-estilo", a sonoridade da banda está calcada basicamente no punk rock clássico e oitentista, de bandas como Ramones, The Clash, Sex Pistols e Dead Kennedys. Juntam-se a esses sons, as contribuições de outras vertentes mais atuais do rock, tais como o indie rock. O resultado é um som mutante, difícil de ser enquadrado em classificações musicais rígidas, mas que é capaz de atingir e contagiar os mais variados públicos. 
O modo de produção das músicas é um dos diferenciais da banda Lavage. Desde o CD de estréia, gravado em 2003, a banda adota uma postura bastante independente. Todo material produzido é gravado e editado no estúdio de um dos guitarristas. A partir do domínio de todas as etapas da produção, a banda acredita que pode manter a fidelidade aos seus objetivos. 
Em seis anos de atuação na cena de rock cearense, a banda Lavage já lançou três trabalhos. Em seu mais recente trabalho, intitulado "Krisis", lançado em julho de 2008, durante o Festival Forcaos, a banda tem obtido boa repercussão junto ao público e mídias especializadas. Contendo treze canções autorais (cantadas em português e inglês), o CD possui uma faixa bônus interativa com o videoclipe da canção "No longer", que já está sendo veiculado em emissoras locais e na internet.

GAMETAS - RJ

GAMETAS é uma banda de rock carioca formada em 2000 e conta em sua atual encarnação com Claudio Paradise "Von Drakulelvis" (voz e guitarra), Iuri "Escabroso" (guitarra-solo), Diego "Drugue" (baixo e vocal) e Rafael Bralha (bateria e vocal). O primeiro registro dessa formação consiste em uma demo de 10 músicas intitulada "Sessões de Tortura Extrema", lançada em junho de 2008. Gravada com "Escabroso" na bateria, conta com as guitarras de Paradise e Iuri e a participação de "Drugue" no baixo em algumas faixas. Hits instantâneos como "Deusa Suburbana", "Transas Virtuais" e "Terno Moderno" dão o tom da bolacha: letras abordando temas inusitados com pouco ou quase nenhum apelo romântico e uma enorme variação melódica. Tudo isso dentro de uma estética punk/glam rock que remete ao som de bandas como KISS, Ramones e Nirvana entre outras tantas influências declaradas dos rapazes.

SUFOCO - RJ

SUFOCO é uma banda carioca de Pop Rock, fundada em 2006. 

A banda tem letras atuais, compostas pela vocalista Maria Martins, melodias marcantes e um som inconfundível, sempre conectados à realidade ao seu redor!

LOCUS - Montes Claros/MG

Músicas de sentimentos conturbados, de contrastes, emoções e euforia a flor da pele. 
A Locus é feita do calor da fúria e da sobriedade da reflexão, da dor de um mundo injusto e da alegria de confrontar esse mundo em busca de um único sonho trilhado por cinco mentes complementares. A melodia e a distorção, o grito e a poesia, suor e lágrimas, velocidade e calmaria, todos juntos, entrelaçados.

A música vai além da técnica desmedida, ou da obediência sistemática de regras. Seria mais como uma tentativa de musicar a regra, e fazer dela exceção, ou de subjugar os padrões para despadronizar. Música de atitude, sim, mas, também, música de uma qualidade peculiar, a de dar forma aos medos, a dor, a alegria e a raiva.

LUIS CURINGA - BH

Luis Curinga se caracteriza por ser um guitarrista/compositor diferenciado por seu grande talento, criatividade e personalidade. 
Nos cinco álbuns de seu currículo, Luís Curinga nos apresenta composições que nos chama a atenção pelo desprendimento com os padrões apresentados pelo mercado musical. Suas músicas podem ser definidas como um rock forte que nos passa vários sentimentos: euforia, reflexão, até mesmo sensações dificilmente compreendidas e vivenciadas pelo homem convencional.
Luís Curinga acredita na globalização musical, sua concepção é de que não existem limites regionais para a divulgação de suas criações, do mesmo modo que não mais uma região em particular dita o que deve ser considerado bom ou ruim. Tal concepção é comprovada pelo fato deste artista possuir fãs espalhados por todo o mundo.
Além da banda Pau com Arame, Luis Curinga desenvolve trabalho solo, autoral e que busca se destacar no cenário independente. Para isso conta com o apóio de uma banda formada por grandes músicos. Novas composições são apresentadas neste grupo, que anseia em transmitir uma música mais enérgica e criativa. As apresentações prometem ser uma experiência totalmente inédita para antigos e novos fãs. 
Misturando estilo único, criatividade, técnica e conhecimento, as canções de Luis Curinga nos atingem de forma verdadeira, completa, perfeitamente em conformidade com as situações experimentadas pelo homem contemporâneo.  

11|10 - domingo
Matriz - III BH Indie Music

Shows das bandas independentes Lavage (CE), Gametas (RJ), Sufoco (RJ), Locus (Montes Claros) e Luis Curinga.
Rua Guajajaras, 1353 – Centro
Ingressos: R$10,00
Horário: 21H
Info: 31 3212.6122
Censura: 16 anos



sexta-feira, 6 de novembro de 2009

III BH INDIE MUSIC - RELATÓRIO DA SEXTA E ÚLTIMA SEMANA


E o festival terminou.
Mas o trabalho não termina neste relatório. Ainda há muita contabilidade a ser feita, acertos de bilheterias com casas e bandas, relatórios finais com detalhamento de resultados aos apoiadores, além do mapeamento das atividades para 2009 e 2010.
Essa pausa foi mais que necessária para que eu pudesse processar todos os acontecimentos que fizeram, deste período, o mais rico em aprendizado humano e profissional, dos meus últimos anos. Colocar um pouco da minha vida pessoal em dia.

Era importante parar, respirar, olhar pra trás e refletir sobre o peso, a responsabilidade, o resultado e a justificativa para tamanha ação.

Lembrar de rostos, de nomes, de sons e frases que ficaram.
Contabilizar e ponderar prós e contras. Mapear a área local, o tamanho, a extensão do nosso território. As brechas, as possibilidades de abrirmos nosso próprio espaço com o peito. Valeu? Vale?
Quem veio, trouxe. Quem viu, presenciou. Vale pelos que valeram e pelos que se fazem valer. É natural e explícito.

Somos nós agora, nós daqui observando o silêncio deixado. Vocês aí, inspirados, se desdobrando em idéias que possam valer em iniciativas.
Nada precisa ser tão inédito de tão custoso. Uma pequena ação, que se faça coletiva pra dois, já é o bastante para que se some, se multiplique e que contamine a todos.

Não é insano se tornar comprometido com o seu meio. E as atribulações de afazeres diversos desviam as atenções ao ponto de não sermos mais destaque. Doido é aquele sujeito que espera o mundo acabar em barranco, parado no mesmo lugar pra ser notado por gente que voa, corre e nem olha pro lado.

Por que um diário? Por que narrar dia-a-dia de um festival independente e expô-lo em suas dificuldades e dramas?
Porque não é conveniente narrar estórias, contar contos e mentiras bonitas - soa estelionato informativo.

Há vergonha em se dizer que uma produção independente, feita por gente de banda, não tem dinheiro, quando não tem mesmo?
Vergonhoso é sabermos que o dinheiro existe pra festivais dependentes só dele.

É mentira contar que o público de música independente não existe ainda? Que a platéia lotada é resultado de show de graça, ou com atrações da grande mídia?
Há que se refletir e a exposição do fato é de ciência coletiva hoje. Não há milagres, há ações pensadas e voltadas para uma mudança necessária. É necessário agir agora.

É desapropriado convocar a responsabilidade coletiva e não questioná-la quando falha?
É correto termos alguém responsável pelo crescimento do nosso trabalho, quando estamos despreparados para qualquer atitude profissional?
É delicado expor velhos conhecidos que nos expõem. Mas é obrigatório para que se faça valer a transparência e a coragem de não assumir as falhas, erros e más atitudes como nossas também.
Medo, de ferir mais a ferida já exposta? Se não fecha, é, ao menos, saudável que doa.
Verdade é um bem comum e deve ser compartilhada, mas só acredita quem está pronto pra ela.
O BH Indie Music não é produtora de eventos, de shows ou de bandas. É um projeto que visa promover a independência completa de cada artista envolvido nele.
Baseado em relações pessoais e diretas, ajuda quem quiser, à quem lhe interessar (humanamente) possa.
O BH Indie Music é um movimento de quem faz a música, de músico, artista da música, não de produtor de evento. O festival é produzido pelas bandas que dele participam. Esse encontro nacional, nos possibilita vislumbrar além das fronteiras do nosso próprio espaço. E, ao final de tudo, voltarmos a atenção pra onde estamos, moramos, vivemos e, assim, constatamos que o problema não está em BH, em São Paulo, no Rio, em Manaus, em Brasília, Goiânia, Natal, Fortaleza. Está em todos os lugares.
Somos apenas nós que fazemos alguma diferença que atinja diretamente nossos trabalhos de forma positiva. Um grande aglomerado, separado em dois grupos - os que confiam no seu trabalho e os que perderam muito em não somar-se a nós, nos últimos dias.
Retrógrados, atrasados, retardatários (e todos os demais substantivos que se explique o fato de não fazerem parte de algo que também lhes pertença), perdem tempo, retórica e presença para abalar o que comprometa o seu disfarce de artista. É uma minoria em desajuste a este propósito. Mas já há tanto pra se fazer que eles também não são mais destaque.
Vamos deixar boas ações para mérito coletivo e a falta delas para exceções infelizes e individuais.
E falaremos do que interessa: as últimas atrações do III BH Indie Music. Gente que veio de longe e deixou seu trabalho, sua obrigação de quem cria. Sem a vergonha, ou o medo, e sem a ansiedade de não tê-los, só trouxe talento, ouvidos afinados e boas novas.

QUARTA-FEIRA NA OBRA

Eu começo a semana com febre alta. Vou à Obra já com o intuito de ir embora mais cedo para conseguir findar a semana completamente presente. Aviso às bandas sobre a minha intenção de ficar por pouco tempo. Houve choramingo, mas era uma atitude responsável que deveria tomar e tomaria. Afinal, seria a primeira vez que sairia antes da última banda ir embora.

As bandas seriam 9S Fora Rock (com data cedida na falha de agenda da banda Feijão Bandido, de DF), a banda carioca Tapete Red e D´Route, a banda de BH que canta Hard Core em japonês.

Abre D´Route.


A banda já se apresenta com um novo back vocal.
Ele agita, anima e na hora de soltar a voz... é gutural agudo!!!!

É de rachar twitter... é novo, autêntico e acaba recriando D´Route. Ainda vamos esperar mais algumas apresentações para entendermos como se re-arranja a banda, com essa formação. Como vão utilizar desse diferencial para a soma musical da D´Route.
Boa sorte pra vocês e contem conosco.

Em seguida, a banda carioca Tapete Red.
Primeiro dia da banda na cidade, primeiras impressões sendo absorvidas e, atenciosamente, observadas. Estamos nos conhecendo há poucos minutos e a Malu não vai ficar até o final. Isso não é bacana, não é uma boa hospitalidade do festival, mas prometo que vou embora mais cedo para ficar com eles nos próximos dias.

E eles chegam ao palco do porão rocker mineiro.


Tapete Red é Daniel (Guitarra e Voz), David (Bateria), João (Guitarra) e Thiago (Baixo).
Esqueçam as influências de Los Hermanos que contaminam praticamente a grande parte das novas bandas. Aliás, em 2005, quando a banda começou suas atividades, o grupo bossa-rock não poderia influenciá-los tanto, para a nossa grande sorte.

Trouxeram suas canções enxutas, executadas com os equipamentos que couberam no bagageiro, mas que, em nenhum momento, comprometeria a performance do grupo, nesta temporada.

Ouvi duas canções da banda e me despedi de todos.
Depois, pude conferir mais de Tapete Red no Nafta e voltamos a falar da banda, na sexta-feira.

Findando a noite na Obra, 9S Fora Rock.


De quem é essa foto, gente?
Bom pedi ao Arthur para nos enviar umas imagens do show, porque já não estaria mais no local quando eles subiram ao palco.

9S Fora Rock é uma banda que sinto que vai ralar muito junto com a gente, nos próximos anos. São de espírito coletivo e foram assim, durante todo o III BH Indie Music.
Pontuais, com trabalho junto ao público, com disponibilidade para a agenda, com presença durante os shows em que estavam e ensaiados em respeito à platéia.

Muito obrigado (isso em nome de todos) 9S Fora Rock por todos os bons shows realizados no III BH Indie Music. Vocês foram diferenciais, nesta edição.

À exceção, algumas bandas equivocadamente me confessaram, no período, que o rock é pura diversão pra elas. Azar delas. Música é trabalho, é compromisso, é estudo, é prática exaustiva.
Não é da noite pro dia. Não é na sorte. Não é fácil como a diversão é garantida.
Não que não seja extremamente prazeroso fazer música, mas este prazer vem da realização de um bom e árduo trabalho e da convicção diária de nunca estar suficientemente perfeito o se que faz, apesar da opinião contrária do público que nunca consegue explicar o por quê de uma banda melhorar a cada ano e disco. No mesmo sentido, ter a coragem de propôr o novo para ser compreendido há anos luz ou por quem já está lá na frente - agradar a minoria de bons ouvintes.

QUINTA-FEIRA NO MATRIZ

"- Por que não veio a banda de DF?"

É bom contar a história, porque ela se repete e se comprova em narrativas anteriores.
Tudo já começa em julho. Depois que a banda se inscreve, aparece a produtora...
Pede ajuda de custo para passagens ao BH Indie Music e, respondendo ao e-mail, sugiro que a mesma re-leia o Edital.
Logo, a produção retorna dizendo que só há possibilidade da banda participar se conseguir verba de passagens via MinC.
Após longa espera, a aprovação do projeto enviado não veio, como também a banda.
Vou dar um capítulo especial sobre a função do produtor de banda e sua desnecessária participação em projetos como o BH Indie Music.

O trabalho da maioria das produtoras de artistas e bandas independentes é esperar.
Esperar por Leis de Incentivo, por respostas de gravadoras, pelo milagre do sucesso. Até tenho solidariedade com estes profissionais, porque quando esse sucesso vem, em 90% dos casos conhecidos, vem junto a produção executiva da major e eles ficam desempregados, ou viram secretários particulares - aquele que contrata nutricionista pra cozinha, escolhe a roupa pro jantar e te diz o quanto você é talentoso, vinte vezes por minuto - sua auto-estima constante.
No meu histórico tive produtores, mas não admitia ações contra a minha postura artística, moral, ou sem meu consentimento prévio. Pedia as estratégias para partirmos pras ações. Diante de muita canseira das cobranças do tipo, "isso não faz sucesso, não dá dinheiro..." , desisti de explicar ao produtor executivo que ele não era produtor musical e de tentar ensiná-lo a vender arte, que é diferente de sabão em pó. Perdi o medo de parecer "amadora" representando a mim mesma e, quando vi, já era independente e livre.
O trabalho do produtor é fazer a relação pública do artista frente ao mercado. Apresentar o produto pronto para Produtores Musicais inseridos em gravadoras e grandes selos e só desgrudar deles, com contrato na mão. É elaborar e apresentar projeto de venda de show para produtores de eventos, Leis de Incentivo e projetos culturais em secretarias públicas. É gastar cartucho e saliva com diretores e produtores culturais de Sesc. É dar a boa nova da agenda no Faustão ou Programa Eliana. Mas pra que tudo isso valha cada centavo investido em interurbanos e celulares, viagens e sonecas nas salas de espera, o produto vendido tem que ser comercial. Exatamente com a embalagem e conteúdo que o mercado compra. Se não for o gênero popular do momento, a vocalista deve ser linda (não necessariamente afinada), ou a band boy deve ser alinhada em figurino e conta bancária para sustentar o primeiro ano de promoção (um mínimo de 50 mil pro investimento no mercado convencional). Mas com 50 mil pra investir, até Tiririca fica lindo. E até rima de "amar" com "mar" fica elaborada por compositores contratados e anônimos.
O maior desafio profissional de um bom produtor de banda é vender o que os meus ouvidos e os da maioria de nós, não compra, nem suporta moralmente ou musicalmente. E os bons produtores são bons nisso.
Penso que o BH Indie Music é voltado para a independência do artista, inclusive torná-lo independente dos produtores deste mercado convencional. Ao mesmo passo, não é prioridade agora formar esse nicho profissional voltado ao mercado novo e independente. Não antes de conseguirmos dar a solidez e forma ao que propomos na música. É mais vantajoso ensinar aos artistas independentes as funções executivas na arte e é isso que propomos.
Conseguir que alguém competente venda os shows da sua banda, não é problema. Mas no BH Indie Music, o produtor não cabe, não tem função. É contraditória sua presença e participação. Não é ele quem consegue os shows, o material, a divulgação. Repassar e-mail com cópia, nós já fazemos, também.
O projeto BH Indie Music não pode abrir ou facilitar o trabalho do produtor no mercado, que aproveitando das facilidades deste espaço, dispara à frente do independente genuíno e até o derruba. Acaba "aproveitando" desse espaço para lançar seu artista como independente por modismo contemporâneo.
Definitivamente, função de produtor não é buscar água pro palco, nem tão pouco, cerveja. E foi a única função reservada aos produtores, durante todo o festival, além da alienação provocada nos artistas participantes. Um muro, um filtro de comunicação impermeável. Nem o edital foi lido por estas bandas, que chegavam para "mais um show qualquer de carreira".
A presença do produtor, individualiza a participação da banda. Os artistas, nesta edição, com produtores que os representavam, perderam muito em interação e coletivismo, além de estagnarem artisticamente. Não viram, nem ouviram nada, além deles mesmos.
As bandas com produtores, à partir de hoje, que queiram participar ou continuar participando do BH Indie Music, devem assumir o compromisso de participação e comunicação direta com o projeto, deixando aos seus produtores a tarefa que lhes cabe: negociar o mercado convencional de música - que não é o mesmo que estamos criando.
- Fim da explicação para a ausência obrigatória dos produtores, à partir de 2010. -
Na quinta-feira, quem completa a grade aberta na agenda é a Libertas D'Acta. Uma destas surpresas boas que faz até a gente rever os contras. A Libertas D'Acta transporta seu som para o heavy metal tupiniquim. E de tão tupiniquim, até música em salvação da Amazônia, faz parte do repertório.
Coincidência ou lógica, eles abririam pra banda 00:00 do Amazonas, também heavy metal, ou metal melôdico. O primeiro show da banda recém chegada das terras mais longínquas do nosso país, ao III BH Indie Music. Todos ganhariam com isso.

Último show da banda Libertas D'Acta pelo III BH Indie Music.
Com toda a certeza, o maior aprendizado que tiveram em tão pouco tempo.
Criaram mais canções, ensaiam muito e estão online na web, distribuindo seu som, agora mesmo, neste momento.

Valeu demais, Libertas D'Acta. Todos os processos juntos, as pré-seletivas, os shows no Matriz e a participação de vocês neste festival. Nos vemos mais à frente.

A 00:00 sugere sua pronuncia de forma livre. Quem quiser dizer meia-noite, midnight, zero hora, zero-zero, fique à vontade.
A banda chega à Belo Horizonte em quinteto. Imagina, uma banda vinda de Manaus com formação tão numerosa?
Quando chego ao Matriz, já me deparo com eles e é inevitável que fique uns bons muitos minutos conhecendo a história da banda, dos seus integrantes e da cena no norte do país. É aula impagável e não dispenso.
Elias e Moisés são figuras fáceis e, acredito que devido à distância percorrida, tudo até ali já era vitória. Não havia expectativa e parecia que nos conhecíamos há muito tempo. A relação já começa leve e prazerosa.
É muito bom conhecer gente do bem em leveza. Talentosa então... êxtase.
A 00:00 sobe ao palco, depois de ser platéia atenta do Libertas D'Acta.


Tudo era perfeito na performance da banda. Músicos, arranjos, vocal, letras, execução, putz!
Eu já havia ouvido as canções pelas MP3´s e era igual... inacreditavelmente igual. Não, me corrijo: melhor ainda...
Bom, quando a banda produz o gênero Heavy Metal, muita coisa fica guardada nos segredos de estúdio : duplicação de pedais, afinação de voz e execução sincada.
A 00:00 era a do jargão "quem sabe faz ao vivo", sabem?
Eu não tenho discos de metal em casa, nem sofri a influência musical de Iron Maiden. Mas foi indescritivelmente prazeroso ouví-los aquela noite. E não teve um só indivíduo que não passou por mim sem dizer:
- Olha que nem gosto de heavy metal, mas essa banda é muito boa...
Até Luizinho, produtor do gênero em BH, estava lá. O sujeito já ouviu de tudo nessa vida e o som da 00:00 chamou sua atenção a ponto de querer a banda prum evento dele no dia seguinte. Não rolou, claro... muito em cima da hora e com show dos caras no Stone, no sábado. Mas plantaram bons contatos em BH e no nosso canal no youtube, só dá os caras falando com os gringos.
Ainda tínhamos mais dois shows - Cuatro e Tapete Red.
Tapete Red tinha Nafta, na sexta e Cuatro não encerrou a noite, como fizemos em vezes anteriores com as bandas locais.
Converso com Tapete Red e peço que Cuatro venha antes, o que não causou problema.
Enturmados com as bandas da noite, Tapete Red já estava se sentindo em casa. E a casa era nossa.

Entra Cuatro.


A banda de Douglas Tolentino, encerra sua participação no III BH Indie Music com fôlego além do esperado para uma quinta-feira. É uma banda de amigos que se respeitam, é nítido como isso faz diferença nos coletivos.

Mais calejados com a espera de platéia pro seu som autoral, mantém na simplicidade e na cordialidade, seu maior trunfo. Conquistam o público e fazem amigos.
A música que trazem não tem pretensão de ser ousada, vanguardista, pós-moderna. É redonda. O que importa é a mensagem positiva.

"Continua até o fim é melhor pra mim. Vou andando sigo em frente, vamos embora minha gente. Falta pouco, pouco demais. Está muito perto." (trecho de Logo Agora Mesmo)

E é nessa paciência consciente do tempo e do seu valor que caminham pra frente. E caminhamos nos últimos meses, todos juntos. Valeu a companhia, Cuatro.
Segunda apresentação da Tapete Red e, desta vez, a febre não me incomodava.

Já num palco mais largo, a banda carioca se solta e fica mais à vontade.
Com o retorno merecido, as guitarras se ampliam e se somam, compondo o efeito plástico-sonoro propositado da banda.
E as primeiras influências começam a ser desvendadas. É britch é Inglaterra sombria. Letras em bom português com aquele inconfundível sotaque carioca, gostoso de ouvir.
Já estão à vontade em BH e no palco, só se nota prazer.
Ao final dos shows, um vazio.
Se tivesse algum lugar onde um violãozinho chamasse a manhã seguinte, estaríamos por lá. Mas fomos pra casa, todos. Era a última semana do festival, onde cada momento era sorvido até a última gota. Estávamos entre uma das melhores turmas de pessoas legais, naquela quinta, pensando com pesar, hoje, deveria ter tomado overdose de antitérmico pra ficar por alí até o sol raiar em qualquer praça pública desta cidade - teria sido inesquecível.

SEXTA-FEIRA NO MOTOROCK

Eu, no Motorock, fico o tempo necessário para avaliar se a tecnia do local está disposta às bandas e se estão todos tranquilos. Tenho Nafta na mesma noite.
Assim que chego, já os encontro todos no local: 00:00, 3Amperes e The Flexionators!.
Estendo um pouco mais minha permanência no local pra conferir se a 00:00 está em performance sonora compatível com o som da banda.
Por mais que o espaço do Motorock seja apertado, tendo palco que cabe só bateria, os mais complexos shows do festival puderam se apresentar lá. Talvez esta seja a casa eleita revelação do III BH Indie Music. Ao menos, merece.
Na porta, converso com 3Amperes. A banda de Presidente Olegário/MG foi uma das mais ativas do interior mineiro no festival. Vieram pra festa de lançamento (300 Km rodados), liam, atentamente o Blog, mandavam mensagens positivas pra cá, via e-mail e se mostravam, das bandas mineiras, a mais ansiosa pela estréia no festival.
Uma grande pena não poderem ficar mais um dia. Não tivemos tempo de conversarmos mais, pessoalmente. Mas não faltarão oportunidades assim, outro dia.
The Flexionators!, de BH, já estava se divertindo no festival. Tocaram no Matriz com bandas de fora e estavam no Motorock, pela primeira vez. Só faltou A Obra no currículo dos caras. Mas não tardará...
Vou deixar algumas imagens feitas pelo Marco Antônio e narrar a última noite do Nafta, pra onde corri.

00:00

3Amperes

The Flexionators!

SEXTA-FEIRA NO STUDIO NAFTA

Bertola & Os Notívagos, cobre a terceira data da banda de DF ausente.

Eram quatro, as bandas daquela noite: Circular 01, Tapete Red, Bertola & Os Notívagos e Radiocafé, de Juíz de Fora. As bandas Circular 01 e Tapete Red ficaram sem imagens, o Marco Antônio só chegou no final, com a câmera.

Chego no Nafta e o show já começou. A Circular 01 abria a noite, quando a escolha inicial seria com a Tapete Red. Alguém deu uma de re-organizador na minha ausência.

A casa começava a programação, exclusivamente para as bandas presentes. Eram 10 da noite, quase, e ninguém havia chegado para assistir aos shows.

Um fato observado por nós, são os inúmeros e-mails que recebemos de bandas locais, divulgando shows em praça, em boate, aparição em rádio, lançamento de disco-demo e, no dia, na semana do show pelo III BH Indie Music, nem citação no MSN. Se a banda local quer platéia, tem que avisar ao seu público. E não culpe o BH Indie Music pelo trabalho que você não fez. Bom, só reforçando, façam a sua parte como banda, que é mais importante que ensaio de luxo (a 200 reais) pra platéia vazia. As casa atentas, contam o público do local. Se a banda tem público, tem data na agenda. Se não tem, fica mal vista, ou paga o mínimo de locação do espaço pra subir ao palco.

Ainda durante a performance da Tapete Red, a casa começa a ser preenchida por gente que veio conferir Bertola, o festival e a casa.

Sobe ao palco, a banda de Juíz de Fora Radiocafé.

As três bandas da zona da mata mineira que vieram pro III BH Indie Music, tem sons bem distintos, mas algo em comum: uma influência carioca, do eixo.
Beatles tá estampado até no modelo de baixo, da banda.
Logo mandam umas versões bem pessoais do quarteto de Liverpool. O lado B menos tocado dos LP´s e a platéia agradece à inteligência.
Depois que saíram do palco, a advertência: é proibido tocar música não autoral. Mas de boa... já estávamos chegando ao final da maratona e, agora, era a hora de relaxar.
Peço à Bertola um espaço pra agradecer no palco a participação da casa Studio Nafta Pub em abrigar bandas dos quatro cantos do país, nesta terceira edição do BH Indie Music. Cito todas as bandas que estiveram lá e agradeço em nome de todos vocês (fiz o mesmo na última noite de outras casas).
E vem a banda Bertola & Os Notívagos fechar com categoria a noite e a participação do Studio Nafta no III BH Indie Music, nos trazendo seu inédito e recém saído do forno, CD.


Bertola é um artista que esteve presente em todo o II BH Indie Music e no III, também.
Foi mais platéia que artista, durante o festival. Assim, pudemos fazer uma amizade bem próxima, dia a dia. Conhecê-lo gente, me apresentar à ele gente, também.
Contando-me um pouco da sua história de vida, consegui entender o som paulistano, caótico e urbano que ele transmite. Descobri que ele veio de uma passagem na paulicéia desvairada e neurótica. Um pouco do que ele faz é o que ele foi por lá compreender.
Aquela história que repito de que o que vale em tudo isso, é a relação humana criada... Temos amigos em comum, conheci melhor pessoas como Leo Moraes, à partir dele. A banda toda é chegada. Lucas, Del, Serginho, gente que se revê em carinho e respeito.
O Flávio Bertola é um cara muito foda. Não sei sobre ele nem 1 décimo do que imagino. A convicção que tenho sobre a beleza da sua pessoa e caráter está julgada pelo peso e qualidade da banda que o acompanha - Os Notívagos. Diga-me com quem tu andas... E lhes digo que o som de Bertola & Os Notívagos é um dos mais redondos e limpos de BH em todo o festival.
Já no final dos shows, temos mais tempo, eu e João do Tapete Red.
Conversamos sobre os pedais que ele não trouxe, sobre a influência e mútua adoração à Radiohead, sobre nossas vidas e expectativas artísticas.
Repito: o que vale em tudo isso, é a relação humana criada...


SÁBADO NO MOTOROCK

A noite que seria no Hollywood foi transposta para o Motorock por motivos logísticos, mesmo.
Com tanta diversidade musical apresentada no local, não seria difícil uma noite dedicada à música brasileira de raiz negra.
Mas tínhamos um desafio: duas bandas com influências negras no som, ambas do Rio e uma janela deixada pelo Coletivo Dinamite, banda daqui, que não foi tocar.
No relatório da quinta semana, começaram a pipocar os primeiros descontentes das narrativas expostas publicamente.
É tão difícil compreender por que uns são elogiados pelas atitudes e outros não? Alguns me procuraram para atacar a sinceridade dos relatórios. Disseram que é politicamente correto encobrir as falhas e erros. Que a narrativa explícita enfraquece a imagem do festival. Sério? Posso acreditar, cegamente, que eles estavam, muito preocupados com o festival?
Vamos à matemática simples: se o III BH Indie Music dependesse da presença dos que não vieram, do prestígio dos que não foram platéia, do talento de quem se embiritou pra subir ao palco (e chega atrasado), da irresponsabilidade e falta de respeito de quem, daqui da cidade, nem se deu ao trabalho de cumprir seu show, não teríamos festival algum.
É do silêncio, da verdade encoberta que estamos falamos? Ah, viva a democracia e a liberdade de expressão. Quem mente é marketeiro. Fazemos arte, até mesmo construindo este festival. E artista não mente, fala tudo até.
Quem foi citado como exemplo, não agradece, porque não fez por reconhecimento da atitude, mas por liberdade de escolha inteligente. Mas, na mesma medida, quem é citado como exemplo do não-exemplo, resolve esbravejar por uma única causa - a dele mesmo.
"- O que vão pensar da minha banda, com o que está escrito no Blog?" - Aquilo que a banda quis que pensassem. A banda, seus membros, são livres, inclusive para quebrarem quaisquer regras públicas. Que seja público seu descumprimento, também.
A abertura no Lapa Multshow teria espaço para poucas bandas. Imaginem, mais de 40 bandas locais e só 8 vagas no melhor palco do festival? Guerra acirrada já no primeiro dia.
A banda Coletivo Dinamite foi escolhida para estar lá conosco. Dias depois do convite, um e-mail dizendo que infelizmente a banda não poderia tocar porque o feriado prolongado que antecedia o 7 de setembro, seria usado pela banda para descanso e viagem. Ainda terminam o e-mail dizendo "outras oportunidades, com certeza, aparecerão".
Bom, quem sou eu pra dizer que não, mas com esta justificativa, não no BH Indie Music.
Tudo bem, continuamos e, quando apresento a agenda pra banda, o deslocamento dela parece ainda mais preocupante:
" - Malu, só tocamos no Matriz, até hoje. Estamos preocupados em tocar no Hollywood porque é a primeira vez que tocaremos no espaço..." - hum? Um projeto que visa ampliar o campo de atuação ao vivo da música independente na capital, sendo sub-aproveitado pela banda?
Há momentos que é muito fácil ser inteligente na resposta de um e-mail como este. Noutros, a gente se limita ao básico "conforme o edital", quando é recorrente o equívoco.
Ok, mudamos pro Motorock. A banda, literalmente, dá bizziu... Eu chamo de diarréia mental quando se tenta das formas mais absurdas fugir da responsa e ataca o outro pra que desistam de solicitar você. Coisa de artista que acredita que está ficando famoso.
Mandaram um e-mail, exigindo serem as primeiras bandas no palco, ou não tocariam. Estariam muito cansados naquele sábado, quando muitos trabalham e estudam (no domingo?, pensei) e pra eles se não fosse prazeroso, não valia.
Argumentei que as bandas que estariam com eles eram do Rio e que estariam ainda mais cansadas com a viagem. Também pedi para que não nos envergonhassem (não cumprindo aquele show) e que não fossem irresponsáveis. Pra quê???
Após eu ter enviado, pras três bandas, a programação e cronograma daquela data, com a Coletivo no meio das duas bandas cariocas, mais um disparo cerebral, a resposta da banda: meu e-mail argumentativo anterior foi desrespeitoso pra eles e eles não iriam tocar.
Galera, sem paciência alguma pra vaidade, quem quer respeito, que se dê ao respeito, primeiro. Coisa que durante o festival, não foi presenciado com a atitude do Coletivo Dinamite e chances não faltaram.
A banda não pecou com o festival, pecou no festival com as bandas P.avi.U e Partido Leve.
Sem noção de nada, se despediram no último e-mail, dizendo que o trabalho deles é pra palco de rua e não pra casas privadas.
Ops, alguém entrou bêbado no banheiro errado...
Minhas sinceras desculpas às bandas P.avi.U e Partido Leve pela péssima escolha da banda local que recepcionaria vocês na primeira noite em BH.
Fico no Motorock somente o tempo necessário pras bandas se sentirem seguras com a tecnia e vou ao Stonehenge.
Estas são as imagens do Marco que ficou por lá com a galera.

P.avi.U

Partido Leve
E ainda teve mais um show do Tapete Red.

SÁBADO NO STONEHENGE

Shows da Accidents de São Paulo, 00:00 de Manaus, Radiocafé de Juíz de Fora e Vulgaris de BH.
Quando a Vulgaris não apareceu, nem achei de todo ruim pro festival, mais negativo seria para eles.
O Stonehenge continuava com a programação BH Indie Music + Cover e, nessa noite, a banda clássica era AC-DC do Seu Madruga que tocaria na área externa.
Naquela noite, ainda estávamos sem nenhuma orientação sobre a escala. Quem abriria? Os shows começariam lá fora com o AC-DC, ou lá dentro, com o BH Indie Music?
O tempo estava apertando, com o atraso da banda cover e pedi que começássemos lá dentro, primeiro.
Abre a banda Radiocafé, pelo som mais soft.
A câmera chega só mais tarde e só temos a imagem da banda já como platéia, no seu merecido descanso.


O sábado estava chuvoso e o Stonehenge, provilegiado pela área externa, estava espremido no varandão e nos corredores pelo público.
Pra fugir do tumulto, davam um rolê no espaço e conferiam o som autoral do inferninho.
Bom pras bandas lá dentro.
Depois de encerrado o show da Radiocafé, procuro mais informação.
O Seu Madruga começa agora? Não. O vocalista não tinha chegado, ainda. Podemos continuar lá dentro.
AC-DC... 00:00...
Vamos de heavy metal.
Entra 00:00.
Dez minutos do início da banda no inferninho, o vocalista do Seu Madruga chega. Me pedem, na casa, pra que eu interrompa o show do 00:00 pra começarem o AC-DC lá fora.
NUNCA!
Ou a banda lá fora esperava 30 minutos, ou teríamos 2 shows simultâneos, na casa. A banda não esperou e tivemos dois shows competindo entre si, numa mesma hora e local.
Tratar banda independente como abertura de show principal, não era a proposta do BH Indie Music, em nenhuma circunstância negociada. E a opção de não interromper o show da 00:00, foi em respeito à banda, seu trabalho e percurso até chegar ao III BH Indie Music e ao Stonehenge.
Talvez tenha faltado umas poucas pessoas a mais lá no inferninho. Uma pena para aqueles que perderam um puta show.
E a banda de Manaus 00:00, mostra, mais uma vez, nos três palcos distintos em espaço, acústica e equipamentos, que sabe equalizar palco e mostrar o melhor do seu som.
Parabenizo a 00:00 pela coragem de atravessar o Brasil e estar em BH conosco, construindo um dos mais importantes festivais de música independente do nosso país. Qualquer valor agregado ao festival, ao BH Indie Music e à todos que deles participaram, até agora, tem a parcela de atuação e responsabilidade de cada um de vocês que pegaram estrada para presenciarem e estarem presentes nesta festa. Quanto mais quilômetros percorridos, mais responsabilidade nesta credibilidade que hoje temos. Obrigado, 00:00.
Pausa para AC-DC no varandão do Stone.

Em seqüencia, Accidents, o trio de Mogi das Cruzes, no quartinho do Stone.


Esse show da banda é o mais acessado, nos últimos dias, através do nosso canal youtube pelos usuários americanos.
A primeira aparição de Accidents, em Belo Horizonte, aconteceu no Stonehenge.
Em março, a baixista Ju veio à BH com a banda Maquiladora, substituindo a baixista da banda. Era uma participação das meninas no Grito Rock Sabará que acabou se estendendo ao BH Indie Music, para a nossa grata surpresa.

No final do show da Maquiladora, a Juliana chega com um CD do Accidents e diz que adoraria vir com a sua banda pro Festival. E veio.
As bandas de Sampa, durante todo o III BH Indie Music, foram as que chegaram mais cansadas da viagem. A monotonia da Fernão Dias é exaustiva, mesmo. Mas com Accidents, o tesão de tocar, pela primeira vez em BH, falava mais alto. E não foi difícil para eles, segurarem a adrenalina até às duas da manhã daquele sábado, contaminando o público que se aguentava firme, desde as 10.

Constatamos que o saldo de ingressarmos num espaço como o Stonehenge é comercialmente viável. E, apesar de toda a pressão que gira em torno do lucro da noite, foi positivo.
Mesclar a produtividade artística autoral à cover é um bom apelo pro caixa do estabelecimento. Contudo, os percentuais repassados aos autores e aos covers, devem ser revistos em futuras atividades, para que o trabalho autoral não seja subjulgado pelo valor nele pago.
Uma percepção séria é a falta de interação do espaço com a programação apresentada.
Durante nossa abertura no Lapa Multshow, nas quase 10 horas de programação, entre montagens e desmontagens, o empresário do espaço esteve lá, presente e observador. O que corresponde, mais fielmente, à sincera intenção de uma casa parceira. As bandas que foram assistidas e avaliadas presencialmente pelos proprietários dos espaços, serão as reconhecidas, nos próximos meses, como as mantenedoras da promoção destas casas, no Brasil e exterior - um trabalho reconhecido como válido por quem o acompanha e que gerará futuras contratações.
Além do Lapa, no Matriz o Edmundo ouve cada banda que pisa em seu palco com atenção. No Motorock, o Fernando e o Marcão, fazem o mesmo. No Nafta o Thiago, que também é músico, ouve bem atento, cada banda.
Casas como A Obra e Conservatório, confiam nos técnicos mais antigos. A Obra, o Gil manda relatório diário ao escritório. No Conservatório, o Carlão também está sempre atento e dá seu feed back. No Hollywwod, os produtores contratantes avaliaram uma a uma das atrações.
No Stonehenge, ninguém da casa entrou, durante os shows, para conferir o que estava tocando. Muito provavelmente, as bandas independentes não voltarão ao local por contratação da casa, senão indiretamente relacionados a projetos, dentro de acordos bem comerciais e metas de marketing, como os estabelecidos no III BH Indie Music.

A música, definitivamente, nem em sua qualidade, ou arte inovadora é a questão mais importante na contratação dos shows.
Até com as bandas covers, não conta o repertório, mas o número de pessoas que a banda leva. Então, adentrar no universo da música ao vivo comercial, há de se ter público de, no mínimo 40 pessoas cativas, para que o artista/banda consiga agenda e cachê.
Mãos à obra, cada um de vocês - música boa e network.

FESTA DE ENCERRAMENTO

Um capítulo à parte...

Como tudo começou, dez bandas, encerrariam o III BH Indie Music.

Durante aquela semana, pensei em quantos faltavam para estarem naquela festa conosco.
As bandas mais novas do BH Indie Music, faziam falta lá.

Alguém conhece o programa britânico "Later... with Jools Holland"? Era este programa que me inspirava pra festa.
Sem muito alarde, organizamos a montagem de um palco alternativo no local, com todos os equipamentos cedidos pelo Studio HUM. A idéia era de que os dois palcos funcionassem na área interna do Matriz. Ao final de uma apresentação no palco principal, outra apresentação aconteceria no alternativo, imediatamente ao fechamento da cortina. E a atração do palco alternativo era livre, ou melhor, quaisquer das 80 bandas que quisessem e estivessem no local, se apresentariam.
O público, só teria o trabalho de girar o corpo em 180 graus pra esquerda.


Mandamos mais de 80 convites às bandas daqui que estiveram no I, no II e no III BH Indie Music. Todos, sem exceção foram convidados, salvo os que estão desligados do BH Indie Music por alguma quebra de edital.
E a festa esteve boa...
As primeiras das 10 bandas a se apresentarem eram P.avi.U e Partido Leve.
Além da lógica das bandas de fora terem prioridade para pegarem mais cedo a estrada de volta às suas cidades, a montagem do palco destas duas bandas era bem complexa.
Ambas usariam o mesmo set de percussão e no Matriz, cada peça é microfonada.
Mas as montagens estavam atrasando e as bandas do Rio não queriam abrir. Por outro lado, a Accidents tinha medo de entrar muito tarde. Eu, não achava plasticamente bacana, deixar uma percussão montada no meio do palco, com uma banda de rock sendo fotografada e filmada com aquele cenário lá atrás.

Bom, resolvidas algumas pendengas e discussões de cronograma inicial e produção artística, abre Accidents.

E logo, todos que estão na casa, já correm pra pista para assistir ao show da banda, de perto.
Mais hard que no Stone, Accidents veio trombando com tudo que vinha pela frente. E abriram, ou melhor, arrombaram a festa. Uma escolha, mais que acertada, propor à Juliana, ao Felipe e ao Raphael, a divertida missão.

Valeu Accidents pelo som que trouxeram ao III BH Indie Music.

Enquanto desmontávamos o palco principal e o montávamos para a próxima banda, no local, já com tudo plugado, recebemos a visita da banda Simples, no palco alternativo.


UHU!!!!

Sincronismo perfeito.
Som simples, mesmo sem os gigantescos PAs do Matriz, conseguiu comportar além do esperado, o propósito da idéia.

A banda, chega, pluga, sobe o volume e toca.
Simples faz mais que isso e aproveita cada minuto do atraso da banda que montava o palco principal, para segurar a atenção da platéia que não saia nem pra buscar água ou ar, de onde estavam.
Não foi difícil reabrir a cortina pra apresentação da banda Partido Leve. O público já estava lá dentro da área de show.

O espaço já está mais que preparado pra banda carioca entrar com tudo.
Swing, ginga, e ritmo... E a malandragem carioca chega bem gostosa naquele domingo... pra completar, só faltava uma bela feijoada, caipirinha e sol na cuca, além do mar que não trouxeram... Mas a brasileiridade veio grudadinha com eles.

Parabéns Partido Leve, pelo puta show de ginga e simpatia.

Então, no intervalo, mais uma surpresa - Luis Curinga.

Desta vez, não teve chance de sair de lá ignorante. Tava na cara de quem quisesse ver a verdade nua e crua - O Curinga é um guitarrista excepcional.
Ter um cara desses, sem contar a banda que tá com ele (Norberto e o grande Lucas), junto dessa super gig que é o BH Indie Music, é privilégio.

Melhor ainda:
gente de talento inabalável ajudar às bandas que estão começando, como no apoio do Studio HUM, que é administrado pelo Curinga, Lucas e Bráulio, é coisa rara, ainda nos dias de hoje.

Obrigada Curinga, Lucas, pelo show de conhecimento e técnica, além de humildade e da parceria que presenciei, vivi e com elas muito aprendi.

Palco principal pronto. P.avi.U na área.


Aquilo não era Ska, aquilo não era Reggae. Mas que farofa sonora é o P.avi.U?

Depois de ouvir com bastante atenção consigo chegar à alguma luz de raciocínio musical praquilo que eu estava ouvindo.
- Já sei! Funk jamaicano!? - que exercício de audição. E espero pra ver se a resposta está certa.

Galera a mistura independente já estava alí forte. E, na festa de encerramento do III BH Indie Music, fica latente uma majoritária condição referencial do mercado novo de música - a pluralidade, o multiculturalismo, a intergeneralização rítmica. Coisa que só o conhecimento dá.

- O Indie faz rock? - não, indie faz arte.

A música, antes perdida na condição de espectro de flashback, apresenta seus primeiros sinais de salvação e renascimento. Já temos uma noção mínima de que muita coisa vai mudar no mercado e no comportamento da música, com a chegada dos artistas independentes.

Parabéns P.avi.U pelo comportamento musical explicitamente independente.

Fecha a cortina.

Bom, o tempo estava apertado. Tínhamos mais 6 bandas pela frente e o palco alternativo é tomado pelas bandas do encerramento, também.

A primeira banda escalada foi a Lhyz.
No início tiveram medo do palco menor, mas visto os equipamentos disponíveis e a condição técnica propícia, embarcaram e não se arrependeram.


Até espaço pra banner da banda, encontraram lá.

A Lhyz foi uma banda que pegou van, veio de longe, para ser avalidada em pré-seletiva, no primeiro semestre.
Ficou bem colocada, mas as bandas do interior não poderiam passar pela seletiva final sem prejuízo eminente (etapa que valia apenas o voto do público no local), a banda corria grande risco de perder a viagem e não participar do festival.

Assim, as regras, na edição do edital 2009, mudavam e a Lhyz se inscreveu junto às bandas do interior mineiro que também estiveram no festival.

A banda de Lagoa da Prata aproveitou cada dia dos últimos 4 meses para compor mais, criar e aprimorar seu trabalho. E chega ainda mais madura, desta vez. Quer mais? Trouxeram um monte de gente na van com eles. Mais que público, fãs ferozes, que não deixavam uma palavra em branco, fazendo forte coro em todas as músicas da banda.

Parabéns, Lhyz pelo crescimento da banda e pelo trabalho empregado nesta conquista.

Aceleramos a programação.

Próximo show, RAM.


A banda estava lá, pontual, desde o início da festa.
Depois de tanta brasileiridade, era bem melhor que RAM chegasse mais junto de um top rock'n'roll. Mas, integrantes da banda tinham compromisso mais à tarde.

A RAM tem um espírito clássico de fazer rock. Também segue influência das jams sessions, do pé do jazz na psicodelia.

O repertório escolhido pela banda que prefere poucas e longas canções em detrimento de explorar mais a extensão da produtividade de composições da banda, tem chamado a atenção da platéia. Vou lançar questionamentos, puro exercício filosófico:
- A música independente, leia-se autoral e inédita ao público comum, é percebida enquanto improviso?
- Em espaços de exposição do trabalho criativo autoral, mais vale aproveitar o máximo do tempo para apresentar o máximo de obras?
- Improviso tem time?
- Time é felling?
- Músicas longas (10 a 20 minutos) devem manter temas ricos em harmonias e melodias díspares, ou serem criativas a ponto de despertar o público como um tapa na cara?

Bom, já se tem bastante a pensar até 2010.

Na seqüencia, uma brecha no palco alternativo. A surpresa era Bertola, cantando uma música do seu disco composta por Rond Gaspar, da Antenafobia, na guitarra.


Na bateria, Cristiano Heleno (vocal de Os 4 Ventos).

E o palco alternativo cumpre seu propósito de experimentação, também.

O que estava valendo era a gana de mostrar o que faz. Agora, artista não pode dizer em vão que não tem espaço pra apresentar o som autoral. Espaço tem. Tá lá. Você tem o que mostrar?

Eu, estou ausente, montando o palco pra Junkbox. Minha vez de tocar.
As bandas de São Paulo e Rio, já tinham ido embora. Eu não me preocupava com isso, mas lamentava, sim. Mais que todo mundo envolvido vi o quanto é valiosa a integração pras bandas, mas era prudente sacrificar a exposição da Junkbox para estar presente no backstage do festival, em tempo integral. E a abertura e o encerramento do III BH Indie Music era o máximo que poderia providenciar pro meu lado artista.

Naquele momento, nada importava. Se o tempo estava apertado, se a casa estava esvaziando, quantas bandas tinham pra tocar. Fui ligar minha guitarra e fazer minha parte, também nesse festival.


Na bateria, Dudu Campos - percussionista da Orquestra Sinfônica de MG, baterista da Transfônica Orkestra e Sagrado Coração da Terra. Mais que os títulos profissionais, amigo de oito anos.

A banda é outra no comando de Dudu. E apesar da pulsação diferente, o Rafa nunca me pareceu tão feliz no palco. À vontade, com uma cozinha de invejar qualquer banda de rock alternativo, nem uma música seria igual ao que estávamos acostumados há 7 anos, mas tinham sérias chances de serem bem melhores.

Pra quem pega o bonde andando, falo de todas as bandas e devo contar os conflitos da minha, também - nada mais justo.

Desde que o Jotta (ex-baterista da banda) vendeu sua batera, pra fazer capital na sua loja de conserto de celulares, os conflitos começavam na banda. O problema não era a venda do surdo, tons e bumbo, mas do maquinário e dos pratos. E seguimos mais 4 anos assim. Hora, o Rafa aparecia com os pratos do baterista da sua banda, hora eu alugava e pagava o aluguel. De braços, literalmente cruzados, ele só se dava ao trabalho de montar o set. Até buscar e entregar o material, nós fazíamos.
Muitas vezes pedia aos amigos das bandas do BH Indie Music pra, indiretamente, me emprestarem os pratos. Aconteceu mais de meia dúzia de vezes, mas começou a virar piada no meio indie e a galera começou a negar empréstimo.
No dia do primeiro NÃO, um histórico e vexamoso discurso, no meio do show. Nele diz que o mercado underground deveria prover a ele um salário mínimo, ao menos (é de rir, pra não chorar) e disse que só tocava na banda se os companheiros indies emprestassem à ele seus pratos pessoais.
Em frente à plateia do BH Indie Music, num Projeto Matriz, em 2009, acordei pro terrorista fundamentalista alienado que alimentava na minha própria banda.

Na festa de lançamento do III BH Indie Music, liguei pra ele agendar os shows da banda, no período. Ele me pergunta se iria providenciar os pratos. Pacientemente, disse que ele encontraria os pratos montados no show, mas que era importante que ele providenciasse um jogo pra ele, já que vendeu os pratos há 4 anos e nada da sua loja devolver o dinheiro investido.
Ele disse que tinha 5 mil no banco pra comprar uma bateria, mas que não faria isso porque a música não dá dinheiro a ele. Só me lembrei, na hora, dos 5 reais que ele não teve pra bancar os aluguéis, quando chorava que estava duro...
Perdi a paciência e disse pra ele procurar emprego com a Elba Ramalho, mas que ela não iria contratar baterista, sem bateria. Confessei que não aguentava mais sofrer com ele e negociamos que aquela era a sua última apresentação na banda e, como processava sua filosofia, infelismente como músico na vida. FIM! da linha pra ele.

Teria 40 dias pra resolver meu problema, mas não tive muito tempo pra isso. Convidei o Dudu pra me ajudar nessa bronca, na quinta e ensaiamos 40 minutos no sábado - coisa recomendada só pra quem tem o mínimo de 5 anos de repertório, ou 20 anos de palco profissional. Mas confesso que esse foi meu melhor show na Junkbox, até hoje.

Valeu demais Dudu Campos. Valeu Rafael Dinamarque, pela sua amizade, talento e presença há anos. Amo vocês.

Opa! O tempo tá correndo... Temos que usar os palcos 1 e 2 simultâneamente com a programação. Converso com as bandas e ficam Quase Coadjuvante e Os 4 Ventos no palco alternativo. No palco 1, Ganga Bruta e Dmor.

Começa a apresentação da Quase Coadjuvante, assim que fechada a nossa cortina.


Eu tinha corrido pra galera, alguns amigos que não iam há tempos pros shows da banda e a turma mais chegada veio comentar do show, do Dudu... perdi quase toda a atenção na Quase Coadjuvante, até que vi Cristiano (Os 4 Ventos) invadindo o palco da QC. Me transporto ao II BH Indie Music, onde a festa de encerramento propôs às bandas que interpretassem músicas de outras bandas do festival - o resultado surte efeito de atitude espontânea até hoje.

Os shows, agora, são reduzidos drásticamente para enxutos 30 minutos. A Quase Coadjuvante teria novo show na semana seguinte - Saideira do III BH Indie Music na Obra e fizeram sua apresentação pontual.

Enquanto isso, a Ganga Bruta já estava aflita pela abertura das cortinas no palco 1.

E abrem-se as cortinas.


É, Sete Lagoas está bem servida de bandas...

Além da Ganga Bruta, Maria Melodia, também esteve por aqui e a produtividade da cidade não pára por aí... Santeria, El Son da Terra devem voltar aos palcos do Matriz em 2009.

Como a antepenúltima atração, talvez tenha lhes faltado um pouco do aquecimento do público pra ligar o 220 na banda, mas nada comprometeu a boa performance de André Bigode (vocal).

O público, já instalado em mesas e cadeiras no local, só virava a posição da cadeira em 180 graus, entre um show e outro. E já era platéia atenta sentada, naquele momento.

Ao final do show da Ganga Bruta, o palco 2 já está com Os 4 Ventos à todo vapor. E ao agradecimento da banda de Sete Lagoas, a primeira baquetada de Os 4 Ventos.

Mas eu estava ansiosa pra dar uma boa notícia pra banda, guardada à sete chaves há 2 semanas que até esqueci de tirar as fotos. Desculpa galera...

A boa notícia era a de que Os 4 Ventos, ganhava a produção de um EP através da parceria do Studio HUM e do III BH Indie Music. Peço licença pra banda pra dar algumas palavras no microfone deles e os pego de surpresa.
A platéia vibra, aplaude e a banda, se emociona com o anúncio público. Valia cada um dos 10 anos da espera deles. A decisão é restrita entre o BH Indie Music e o Studio HUM, onde prevaleceu a qualidade musical da banda e o trabalho desenvolvido nos últimos 12 meses, por nós acompanhado. A aceitação desta decisão, por todas as bandas, é unânime.

A primeira aventura de Os 4 Ventos em estúdio já começou há alguns dias, onde estou assinando a Produção Musical e será detalhada no Blog Disco Independente.

Último show da noite e do encerramento do III BH Indie Music, fica com Dmor.


A Dmor, junto com As Horas e Junkbox são as únicas bandas presentes nas três edições do BH Indie Music. Legal que encerrasse como exemplo de continuísmo e integração da cena.

Eu não posso falar muito da banda, sou fã. E, apesar de toda a humildade dos meninos e simplicidade destes caras, é uma enorme soma ter Dmor no BH Indie Music.

Quantidade não é qualidade, é bem verdade. Mas se 10% de nós, nos sobressairmos com nossos talentos, conseguirmos criar juntos um cenário comercial pra música independente e continuarmos a construção de uma via possível pra arte no mercado musical, já teremos dado passos fundamentais para que a música volte a ser criativa, original, inteligente e humana.

Estamos sozinhos, mas juntos nesse trabalho.

AGRADECIMENTOS

Fizeram o III BH Indie Music as bandas de BH Os Agulhas, 9S Fora Rock, Antenafobia, Aldan, As Horas, Bertola & Os Noctívagos, Cães do Cerrado, Circular 01, Consciência Suburbana, Cosmocrunsh, Cuatro, D´route, Demonlays, Dmor, Doravante, Fábrica de Boatos, G50 Gertrudes, Hotel Tofu, InVerso, Junkbox, Libertas D'Acta, Luis Curinga, Mário Bróz, Monograma, oFuska, Os 4 Ventos, Os Decréptos, Outsides, Palimpsesto, Quase Coadjuvante, Ram, Simples, Studio Zero, Superegos, The Flexionators! (banda ganhadora do SINGLE pelo festival com o apoio do Studio HUM), US Mula Preta, Utopia! e Valsa Binária.

As bandas de Minas Gerais Alethárgika, Del Ares, Flávio Junio & Mundo Pacumã, P.E.S.O, Templaris, Híbrida, Radiocafé, Bonança, Lhyz, Nonada, Locus, Bermes, Dom Az-Mute, Cor de Fubá, Seu Juvenal, 3 Amperes, Cidadão Comum (devemos um show pra essa banda, ainda), Madrasta, Ganga Bruta, Maria Melodia, Konkem e Manolos Funk.

As bandas do Nordeste Lavage (Fortaleza 2.251Km) e Blinders That Came From Your Old Town (Natal 2.361Km).
As bandas do Rio (445 Km) Contra-Capa, Gametas, Kopos Sujus, P.AVi.U., Partido Leve, Sufoco, Tapete Red e Tereza.

A banda de Goiânia (874 Km) HideSoul e as bandas de Brasília (748 Km) Liwafelk, Brown-HÁ, Malc, Velásquez, Velhos e Usados e Vitrine.

As bandas de São Paulo (586 Km) Foil Empire, Vento Terral, Accidents, Maquiladora, Espasmos do Braço Mecânico, Scott Tigger, Berrodubio, Pronúncia, Cara Suja, Drama Beat, Highfellas, Plame (que vai se apresentar no Rio, galera), Project XK, Projeto da Mata, Projeto Trator, Up Brothers, Encore Break e Madeleine K.

Mais que especial, o agradecimento à participação da banda 00:00, do Amazonas, pela distância percorrida (3.951Km) até o BH Indie Music.
Nosso agradecimento coletivo à cada vocalista, baterista, guitarrista, baixista, tecladista, dj, programador, percussionista, trompetista, trombonista, gaitista, violonista e multinstrumentista que assumiu e trouxe sua banda, nesse festival.

EMPRESAS E EMPRESÁRIOS PRIVADOS QUE APOIARAM O FESTIVAL
Oi FM - spots publicitários gratuitos pelos 42 dias do festival.
Pato Multimídia - criação e produção da trilha do III BH Indie Music e suporte em equipamentos de palco para o Lapa Multshow e Hollywood Music Bar (19/09).
Mercotape - midias digitais e suporte em material de escritório (pré, produção e pós produção).
The Hell's Kitchen Project - Art Designer do material do III BH Indie Music, por criação de Leo Braca.
Studio HUM - cessão de equipamentos de palco para as casas Motorock, Conservatório Music Bar e Matriz (Festa de Encerramento), apoio parcial na locação de equipamentos para o Stonehenge, desconto em ensaios das bandas durante o festival, além da produção integral do primeiro EP da banda Os 4 Ventos e do Single da banda The Flexionators!.
Bar da Candinha - valor doado de 80 reais na confecção do banner para o Lapa Multshow.
Café Folha Seca - oferecendo refeições por R$5,90 às bandas participantes.
Supermercado (que preferiu a não citação pública) - R$400,00 na confecção do material gráfico (folders e filipetas do III BH Indie Music, no valor total de R$440,00 com fotolito).

ABRAÇARAM ESTE FESTIVAL

Todas as bandas do interior de Minas Gerais, São Paulo, Brasília, Goiânia, Nordeste, Amazonas e Rio de Janeiro, que estiveram aqui, durante o festival, fazendo do III BH Indie Music o maior festival nacional de música independente do país.

As bandas In Verso, Cara Suja e Berrodúbio que abriram o festival sem previsão de lucro em bilheteria.

O Lapa Multshow em concordar em esperar, até hoje, o acerto do prejuízo do dia 07 de setembro em paciência e incentivo.
Ao Fernando "Vutus" do Motorock por estar atento e dispor, do que pôde, para nos ajudar, a cada data no Motorock, inclusive abrindo mão do percentual da casa para as bandas nas primeiras semanas.

As casas parceiras A Obra, Matriz (sempre), Hollywood, Motorock, Conservatório Music Bar, Studio Nafta e Stonehenge. Além de cada funcionário destas, de seguranças, atendentes, gerentes, produtores, à caixas.
Especialmente a cada técnico de som que cuidou de freqüencias, equipamentos e volumações para que tivéssemos as melhores performances em palco, dignas dos grandes artistas.
E cada músico inserido no festival, que presenciou dez ou mais bandas, com seu dinheiro ou com entradas liberadas, mas que, com esta atitude, promoveu uma platéia digna de cada banda que subiu nos palcos do III BH Indie Music.

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

Marco Antônio, Marcus Ganddu e Marco Aurélio Prates pelas imagens registradas de todo o festival.

A colaboração dos amigos, Marco Antônio (novamente), Rond Gaspar, Leo Moraes, Diogo Pertence, Daniel Pertence, Flávio Bertola, Luis Curinga e Lucas Silva, no dia-a-dia do festival.
Aos que emprestaram, sem amarração, seus pratos, pedais de bumbo, pedestais, máquinas de chimbal, caixas e até guitarras, cordas e correias para quem não as tinha, não por má fé, mas por dificuldade logística mesmo. Vocês promoveram o espírito coletivo do festival.

Ao incentivo presencial, moral e emocional das famílias que criamos (esposas, maridos, filhos), das que nos criaram (pais biológicos ou adotivos), dos bons amigos que nos guiam e do público que nos aprecia - nossas maiores forças.

por Malu Aires (Organizadora do BH Indie Music)
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