Resultado da Pré-Seletiva dia 07/04

Ontem, mais 5 bandas foram ouvidas pelas Pré-Seletivas BH Indie Music 2010.

A cada seletiva realizada, percebe-se o número impressionante de boas bandas surgindo no cenário mineiro de música independente. Mas, ainda assim, a tarefa de avaliação se torna, a cada dia, mais trabalhosa.

Quando abrimos a inscrição para bandas dos 36 municípios da Grande Belo Horizonte, supomos que a produtividade musical nestes locais seja escassa em espaço, difusão e incentivo. Em algumas destas situações, é fácil compreender que talvez esta seja a primeira oportunidade real e séria de avaliação destes trabalhos que surgem da periferia e dos extremos da metrópole. Avaliá-los com os mesmos parâmetros críticos com os quais avaliamos os trabalhos de Belo Horizonte, não é justo. 

Como não esperamos que as Pré-Seletivas do BH Indie Music se comportem como as máquinas de pontuação de karaoque, trazemos durante as audições, os históricos de cada um dos avaliados. Da onde eles vieram? Qual a produtividade musical acentuada daquela região? E dentro destas perguntas, viajamos para cada um destes municípios e avaliamos aquela banda, como se estivéssemos lá. Música é música. Qualidade e técnica também não possuem meias verdades. O que pensamos é que aquela banda seja a melhor banda independente produzida em sua cidade e merece ser prestigiada, incentivada e colocada em posição de destaque para uma formação de cena em poucos anos naquela região.

Outra situação que se acentua em 2010 é o surgimento de bandas que estão se apresentando em BH, principalmente em festivais no Matriz e que estão engessadas há anos em repertórios de couvers.

A avaliação dos quesitos composição e arranjos fica comprometida quando as influências ultrapassam a barreira da criação e acabam por excluir qualquer marca impressa de ineditismo na banda. Em alguns casos, obras de outras bandas são lembradas em timbragens de guitarra e linhas harmônicas.

Entendemos que influência se distância de plágio. Mas entendemos que a falta de originalidade se aplica a casos onde a banda perde a marca, perde o registro e sua canção passa a se parecer com isto ou aquilo que nós, jurados, conhecemos e muito bem.

O público de bandas independentes espera o novo e este mesmo público não perdoa a falta de criatividade de um artista autoral. Quando os avaliamos, pensamos como público e como criadores - somos imparciais.

Também avaliamos situações que possam comprometer o andamento do festival, quando este for realizado e quando a banda já estiver inserida nele. Por isso, casos como atraso da banda para a chegada no local, são imperdoáveis, mais que isso, são regras antecipadamente impostas. Um dos integrantes da banda está no local para o sorteio de apresentações, mas, já às 20 horas, sua banda completa não está no local. A situação que se configura é a de que se esta banda for sorteada para ser a primeira a se apresentar na noite, alguns preciosos pontos poderão ser perdidos à partir daquele momento. Por pura falta de sorte, a primeira banda a se apresentar, geralmente é aquela que está desfalcada. E, a cada 10 minutos de atraso, 1 ponto é descontado. Ponto que é primordial para colocar uma boa banda criativa em posição de nova avaliação por falta técnica e, daí, possível não classificação. Prestem bastante atenção à pontualidade porque esta é quesito de profissionalismo.

Durante o III BH Indie Music (ano passado) publicamos relatórios semanais do festival onde o dia-a-dia era narrado sem poupar qualquer acontecimento. O motivo era o de que, vendo a história passada, nos comprometêssemos juntos a produzirmos um festival em 2010 com menos problemas e menos falta de profissionalismo por parte das bandas envolvidas.

Ainda que tivéssemos tido durante o III BH Indie Music todos os problemas que um festival com 112 bandas poderia provocar, nenhum deles teve como motivo briga ou desentendimento entre os participantes.

Ontem, infelizmente presenciamos este acontecimento ao final da Pré-Seletiva e mesmo que não tenha sido notado por nenhuma das outras bandas presentes, nem tão pouco pelo público, fomos informados pela casa. Neste caso, é impossível classificarmos qualquer banda que nos apresente comportamento irregular ou desrespeitoso, impróprio. Durante o festival nos comprometemos a levar a cada Casa Parceira, artistas sérios, comprometidos e profissionais. E esta primeira impressão que as Pré-Seletivas nos apontam, é fundamental para a escolha de bandas e artistas que cumprirão com excelência seus papéis junto ao público e às casas que lhes abrem as agendas e que incentivam um sério festival.

Indo de encontro ao que interessa neste post, vamos aos resultados desta Pré-Seletiva do dia 07 de abril.

Low-Fi escolhida pelo voto público e pelos jurados como a melhor da noite

RESULTADO DE VOTOS PÚBLICOS

Valendo 10 pontos no quesito público, em primeiro lugar, com 7 votos recebidos, a banda LOW-FI foi a mais votada da noite.
Em segundo lugar, valendo 8 pontos, as bandas TOWN, CABOCLO VOADOR e CITOPLASMA receberam, cada, 5 votos do público presente.

RESULTADO FINAL DA AVALIAÇÃO

LOW-FI - 9,33
TOWN - 8,10
CABOCLO VOADOR - 7,99
CITOPLASMA - 7,77

De acordo com o CAPITULO XI – CAPUT 11.4 DO EDITAL
A banda MODZ foi desclassificada pelas Pré-Seletivas BH Indie Music 2010.
As bandas com nota acima de 8 pontos já estão incluídas no IV BH Indie Music e terão suas inscrições aceitas, à partir da publicação do Edital, em junho.

As bandas com nota acima de 7 pontos e abaixo de 8 pontos serão comunicadas para se apresentarem na Seletiva Final em data e local a ser determinado. Estas, só serão incluídas no IV BH Indie Music e terão suas inscrições aceitas, à partir do resultado da seletiva Final, em junho.

Todas as bandas que se apresentaram nas audições do dia 07/04, foram aprovadas e estão incluídas na nossa listagem de bandas (vide blog http://bandasindependentesbhindiemusic.blogspot.com ). 

Todas serão comunicadas sobre agendamentos no Projeto Matriz em 2010.

Sejam todos bem-vindos ao grupo!