terça-feira, 14 de junho de 2011

[política e pensamento] Quem tem medo de Ana de Hollanda?

Na última semana, falamos sobre as verbas do MinC, seus projetos de fomento à produção criativa e sobre os jogos políticos entorno destas verbas. Como prometido, nesta postagem falarei sobre Ana de Hollanda, a atual Ministra da Cultura.

Para chegarmos próximos à resposta de uma pergunta que toda a classe artística tem feito nos últimos meses: Será que a nova ministra da cultura é capaz de trazer o Minc e suas políticas de encontro à proteção, valorização dos artistas e no combate à miséria instalada para o nosso setor? - precisamos entender quem é Ana de Hollanda.

Vou buscar seu histórico administrativo na área da Cultura, mas também seu trabalho como artista. Claro que farei comparativos das políticas e dos Ministros anteriores para entendermos o por quê da sua gestão ter sido atacada logo na primeira semana da sua nomeação, após seu discurso de posse. À partir daí, vamos começar a entender quem tem medo de Ana de Hollanda.

Como artista Ana de Hollanda passeia nas áreas cênicas e de música. Atriz, diretora e dramaturga. Compositora, intérprete e diretora musical. Transita na interpretação e na criação. Ministrou cursos e oficinas de canto e interpretação. A competência é genética. De berço culto. Maior ainda, como artista que sou, sua humildade me inspira.
Ana de Hollanda poderia ter se fixado no Rio (berço das parcerias e da visibilidade do show business) e ter seguido carreira de trilhas sonoras de novelas da Globo, impulsionada pelo sucesso do seu irmão Chico Buarque. Mas, não. Voltou-se mais às políticas públicas de fomento e se misturou à gente. Dirigiu o Centro Cultural de São Paulo (1983 a 1985) e assumiu a Secretária de Cultura do município de Osasco/SP (1986 e 1988).

Foi à fonte do problema da cultura brasileira - as políticas públicas. E comprometeu sua carreira artística a promover mais cultura a todos e mais valor ao artista criador.

Entre 2003 e 2007, com a Funarte na presidência de Antônio Grassi, Ana de Hollanda dirigiu o Centro de Música da Funarte e reativou a função da casa que se encontrava em total abandono e descaso político. À partir da sua chegada, projetos de música como Pixinguinha foram retomados. Os Editais começaram a ser publicados para as áreas de música erudita e popular, contemplando, inclusive, diversos segmentos artísticos, além da música. Antônio Grassi e Ana de Hollanda compartilhavam do mesmo sentimento em relação à Funarte e a reergueram juntos.
À frente do Centro de Música da Funarte, Ana já começava a incomodar, quando apresentou o processo de construção da Câmara Setorial de Música, em 2005. O plano visava a criação de uma cultura institucional do Estado de garantia dos Direitos do Autor.
Dentre as propostas, a criminalização da inadimplência de TV´s e rádios que não obedeciam a Lei do Direito Autoral com penas, inclusive, de perda da concessão. Pedia, também, maior rigor no combate à pirataria. E exigia do estado a responsabilidade de educar o povo brasileiro quanto ao respeito do Direito Autoral. Claro, não poderia durar muito sua administração.
Subordinados à Gil (o ministro das turnés internacionais, mais presente em palco que palanque) se tornava nítida a dissonância entre o discurso da Funarte e o discurso do MinC.
Então, em dezembro de 2006 Antônio Grassi é demitido por Gilberto Gil (ainda Ministro da Cultura) num ato covarde e anti-ético - soube Grassi da sua demisssão através da imprensa.
Com a demissão de Antônio Grassi, Ana de Hollanda deixa o cargo por ética, já que havia sido convidada ao cargo, por Grassi. E o programa Câmara Setorial de Cultura coordenado por ela, ficaria, então esquecido no papel.
A conturbada decisão de Gil traz insatisfação em todo o órgão que, em seguida entra em greve trazendo problemas sérios para seu presidente indicado por Gil, Celso Frateschi que pede demissão menos de 1 ano depois de assumir o cargo. Motivo? Em nota à imprensa ele diz: "Quando a gente tem um superior em quem a gente não tem tanta confiança, a gente pede demissão" - se referindo ao Ministro Juca Ferreira. Mas um escândalo, onde a companhia de teatro que ele fundou em São Paulo havia conseguido, em 6 dias, aprovação do MinC para captação de verba, além da Carta dos Servidores da Funarte pedindo "socorro" ao Ministro, teriam sido os reais motivos da sua saída.

Enquanto isso, o Ministro Juca Ferreira, sucessor e ex-secretário de Gilberto Gil (ambos PV), estava muito mais preocupado com a tal comunidade digital, Creative Commons, produtores culturais que qualquer outra coisa. Desestabilizar o processo da Funarte foi só um recado àqueles que queriam trabalhar em comunhão com os desejos da classe artística. Por intermédio dos assessores de imprensa disseram: Caso encerrado.

Assim levou-se a re-edição da Lei de Direito Autoral, sem questionar qualquer artista criador, à Casa Civil, no final de 2010. Um projeto arbitrário e de entendimento confuso que dava margem à apropriação indevida de obras, através da decisão soberana do Estado, confiscando-as, inclusive, de herdeiros e titulares.

Tal qual o projeto de revisão de lei, a manobra tinha um patrono coletivo que se denominava sociedade civil organizada, gestores culturais, comunidade digital, todos resumidos a uma única sigla - PCult . Marchando virtualmente, articulando-se por todo o país, a sigla que não merecia um tratamento de partido político, fazia política coletiva agregando deputados e senadores de vários partidos. A troca era clara: comprometam-se a colocar em pauta nossas exigências e promoveremos seus nomes em campanha. Assim foi com Juca Ferreira. A campanha #ficaJuca começou assim que Dilma foi eleita. Por trás da campanha, militantes aparelhados do PCult.

Quando em janeiro de 2011, Dilma Rousseff anuncia Ana de Hollanda para a pasta, o banho de água fria despertava a ira daqueles que trabalharam anos para manipularem o MinC como bem quisessem. As portas do "empoderamento do PCult e seus coletivos afiliados" estariam fechadas e novas políticas já se estabeleciam logo aos seus primeiros atos, logo em seu discurso de posse:
"Tudo bem que muita gente se contente em ficar apenas deslizando o olhar pela folhagem do bosque. Mas a folhagem e as florações não brotam do nada. Na base de todo o bosque, de todo o campo da cultura, está a criatividade. Está a figura humana e real da pessoa que cria. Se anunciamos tantos projetos e tantas ações para o conjunto da cultura, se aceitamos o princípio de que a cultura é um direito de todos, se realçamos o lugar da cultura na construção da cidadania e no combate à violência, não podemos deixar no desamparo, distante de nossas preocupações, justamente aquele que é responsável pela existência da arte e da cultura. (...) Mas, volto a dizer, e vou insistir sempre: com a criação no centro de tudo. A criação será o centro do sistema solar de nossas políticas culturais e do nosso fazer cotidiano. Por uma razão muito simples: não existe arte sem artista."

O ameaçador discurso fazia rugir os leões que temem Ana de Hollanda. Todos espremidos numa mesma arena centralizadora das mobilizações de imobilização do MinC - o PCult.

E COMEÇA A LUTA...

1º ROUND - CREATIVE COMMONS
Em seu primeiro ato, Ana de Hollanda retira a propaganda do Creative Commons do site do Minc, substituindo o selo CC pelos dizeres: "Licença de Uso: O conteúdo deste site, vedado o seu uso comercial, poderá ser reproduzido desde que citada a fonte, excetuados os casos especificados em contrário e os conteúdos replicados de outras fontes."
Legalmente, mais apropriado ( inclusive por abrigar conteúdo de terceiros), o MinC não poderia usar de uma licença única para todo o seu conteúdo. A retirada do selo Creative Commons é o primeiro nocaute nos articuladores do PCult.
"O dono da obra, o autor, escolhe qual a forma para ceder ou não sua obra. Pode liberar sem custos, permitir para um uso específico. Isso depende do autor e ninguém vai ser impedido de usar. Quem usava vai continuar usando, sem problema nenhum." - responde Ana de Hollanda às primeiras críticas. E ela estava certa. Em Lei o autor autoriza a liberação da sua obra como quiser, sem precisar do selo Creative Commons para tal.
Neste episódio, circulou na rede sua demissão que dava lugar a Tom Zé na pasta com a campanha: "Agora é pra valer: Tom Zé no Ministério da Cultura". Uma brincadeira sem graça e oportunista, descredibilizada pelo próprio Tom Zé após ser acordado em plena madrugada por meia dúzia de desocupados que gritravam seu nome em frente ao seu prédio em São Paulo: "Soube dessa pilhéria agora e fui dormir", disse o artista.
2º ROUND - REFORMA DA LEI ROUANET
Sobre a Reforma da Lei Ruanet, foi enfática: “Favorecia muito mais o produtor e o patrocinador do que o público.”
E resolve tirar o projeto de reforma da Lei Rouanet da gaveta de Juca Ferreira e levá-lo adiante.
Como reflexo, outro golpe: o caso Bethânia tiraria o foco do debate da ministra para um possível desvio de conduta - o do favorecimento de artistas consagrados em sua gestão. Tá, como se Bethânia fosse a primeira artista consagrada na história da Rouanet a aprovar projeto de captação.
3º ROUND - REFORMA DA LEI DE DIREITOS AUTORAIS
Ana de Hollanda entra na Casa Civil e retira o projeto da mesa para nova revisão da revisão sugerida por Juca com apoio do PCult. Convoca juristas e artistas para leitura aprofundada do texto e decreta nova revisão. Eu, particularmente, disse comigo mesma: graças à Deus!
Imediatamente, uma campanha na internet intitulada #ForaAna mobilizava pontos de cultura, fóruns e coletivos. Até o nome de Dilma Rousseff entra na nova pilhéria e rumores na imprensa começam a circular a falsa informação de que a Presidente estava descontente com a ministra.
Compraram a campanha os veículos da Globo, principal acusada num processo milionário de inadimplência movido pelo ECAD.
Claro que o ECAD seria a seguinte vítima dos articuladores da campanha #ForaAna. E o PCult se reúne com o Senador Randolfo Rodrigues (PSol) para a abertura de uma CPI contra o ECAD.
Denúncias de que a Ministra estaria privilegiando o órgão não demoraram a despontar na língua de jornalistas como Luis Nassif autor de postagens como esta pelo O Globo:
Ana de Hollanda nomeia advogada ligada a representante do Ecad para o MinC e indica que vai abandonar a reforma da lei de direito autoral

É dele a mais dura campanha pelo O Globo para desmoralizar o Minc e sua atual gestão.
Mas não só jornalistas como ele embarcaram na caravana do sucesso. Ou seria, do sucessor. O ator José de Abreu comprou a briga até o fim da farra. Queria a pasta, a presidência da Funarte, a Secretaria Executiva e virou casaca declarando, publicamente, sua retirada de apoio à Ministra.
Logo chegaram denúncias de uso indevido de verba. Seria o uso indevido de diárias para finais de semana em que a ministra não estaria trabalhando no Rio (cidade onde reside hoje). Por maldade articulada, a denúncia chegaria aos jornais num final de semana, pegando a ministra em casa. Será que ela não trabalhou, assim que abriu os jornais? Claro que sim, mas devolveu todas as diárias enquanto esteve no Rio, mesmo trabalhando informalmente.
E, enquanto os holofotes centravam nas denúncias da mídia, na luta por cargos entre petistas como José de Abreu, eis que Dilma chega e põe fim à pilhéria coletiva após um lastimável episódio reproduzido na íntegra por dezenas de veículos de todo o pais: Criticada, Ana de Hollanda deixa Assembleia (Legislativa de São Paulo) sob escolta.
No momento em que a ministra se propõe ao debate presencial com a classe artística paulista, a articulação dos desajustados promoviam um confronto digno de novela política italiana.

Foram meses turbulentos, onde qualquer executivo de cargo público mais frágil teria pedido demissão e saído pela porta dos fundos. Mas não Ana. Encarou denúncias, enfrentou os leões, os baderneiros, os produtores culturais, O Globo, manifestantes ensaiados no empurra-empurra e saiu da cena. Não por muito tempo, não sem abaixar a cabeça para se proteger dos desajustados mentais que a esperavam para uma boa foto de humilhação pública, tal qual na música Geni.

Se Ana de Hollanda, a primeira mulher ministra da cultura, aguentará o jogo sujo da política que hoje vaza de cá pra lá também, não saberia responder. Eu  talvez tivesse desistido - era o que pensava enquanto me colocava em seu lugar no final do terceiro round, antes da classe artística acordar e começar a manifestar apoio à ministra publicamente. Afinal, ela estava nessa briga por nós.
Se seu trabalho será concluído afim de nos mostrar um panorama do que sua gestão pode nos provar em competência, com o tempo que o poder lhe garantir em exercício de trabalho, só o próprio tempo poderá responder.
Se a luta na arena terminou? Ah, tenho certeza que não. Enquanto ela mostrar empenho em mudanças significativas para a classe criadora, sua paz será diariamente ameaçada.

Um sentimento tenho: se Ana fica, a política cultural tem uma séria promessa de renovação.
Se Ana cair, os leões farão seu banquete completo, mais dia, menos dia. Nós artistas, somos o prato principal.

Uma súplica democrática deixo aqui: DEIXEM A MULHER TRABALHAR, CAMBADA DE VAGABUNDO!
Desculpem o desabafo, mas situações cínicas como estas, me tiraram o sono, a esperança na democracia e a paciência, nos últimos meses.

Na próxima semana falarei mais sobre a Lei de Direitos Autorais e sobre sua reforma. Por que queriam modificar uma Lei, antes mesmo de trabalharem a conscientização dos jovens autores sobre seus direitos através dela? Interessante pergunta, não?



Fontes:

http://www.alomusica.com/entrevista/ana+de+hollanda.shtml
http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2008/10/06/celso_frateschi_deixa_funarte_dizendo_que_seu_compromisso_era_com_gil-548575787.asp
http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2008/10/05/leia_manifesto_enviado_por_servidores_da_funarte_ao_ministro_da_cultura_juca_ferreira-548559601.asp
http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2007/10/sistematizacao-musica-pnc.pdf
http://www.cultura.gov.br/site/2011/01/03/discurso-de-posse-da-ministra-da-cultura-ana-de-hollanda/
http://diversao.terra.com.br/arteecultura/noticias/0,,OI4910886-EI3615,00-Ministra+Ana+de+Hollanda+minimiza+retirada+do+Creative+Commons.html
http://blogs.cultura.gov.br/blogdarouanet/ingressos-mais-baratos-para-espetaculos-apoiados/
http://partidodacultura.blogspot.com/2011/02/1a-reuniao-oficial-do-pcult-no-senado.html
http://www.luisnassif.com/profiles/blogs/para-jose-de-abreu-substituto
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/05/11/dilma-tem-confianca-total-no-trabalho-de-ana-de-hollanda-diz-gilberto-carvalho-924438291.asp


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* Malu Aires é autora (compositora), intérprete, produtora fonográfica independente, organizadora e idealizadora do BH Indie Music.

O blog "política e pensamento" será re-publicado no blog BH Indie Music. É proibida sua reprodução parcial sem a autorização expressa da autora deste blog ou integral sem a citação de fonte.

19 comentários:

  1. Pense com sua própria racionalidade, com polidez, com convicção baseada em fatos, fontes e números. Comente e participe.

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  2. Artigo claro, coerente e bem informado. É isso aí.
    Ars longa.

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  3. Mais que informativo, o texto começa a apontar os verdadeiros motivos para a tentativa de destabilização de uma pessoa convocada para o cargo por sua competência. Não por apadrinhamento ou política menor. Ontem ouvi e vi uma entrevista da Ex-senadora e ex-candidata do PV à presidência da República, Marina Silva, no Programa Roda Viva, conduzido por Marília Gabriela na Rede Cultura. Lendo este artigo sobre a ministra Ana de Hollanda, e não sendo possível não associar a uma fala de Marina Silva: "Se o Senado aprovar o projeto de reforma do Código Florestal, como foi aprovado na câmara dos deputados, nós deixaremos na "ilegalidade" todos aqueles que lutaram e lutam pela manutenção de suas pequenas propriedades rurais. "Eu estou muito triste!". Palavras de Marina Silva. "Quando eu e Chico Mendes, acampávamos diante de uma propriedade onde praticavam desmatamnto ilegal e denunciávamos, o ministério público, acatando um pedido de interrupção desse desmatamento feito por advogados que nos defendiam, conseguiam interromper o processo e retirar a polícia militar que era chamada para proteger o infrator, com no novo código isso não será possível, porque os infratores são estimulados a continuar desmantando e quem proteje ou mantém uma reserva natural será "penalizado". Nem a lei estará mais ao lado dele. E por aí que vejo a "luta" na cena cultural. A crença da ministra Ana de Hollanda na justiça e seu trabalho antigo por uma classe inteira é algo assim. Enfrentar os limitados e que só percebem o momento presente. que buscam suas conquistas a partir do que deveria ser dividido por "todos" e nosso (deles) egoismozinho medíocre e cancerígeno. Mas exitem pessoas como Marina Silva e Ana de Hollanda, e existem milhares de pessoas que percebem que elas estão na direção correta, como Malu Aires. É difícil, mas não é impossível vencer o mal. Força, Ana de Hollanda, que todas as energias cósmicas a protejam.

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  4. Não acho que seja prudente pedir que "Pense com sua própria racionalidade, com polidez, com convicção baseada em fatos, fontes e números. Comente e participe." se o final do texto conta com um sonoro "DEIXEM A MULHER TRABALHAR, CAMBADA DE VAGABUNDO!".

    Faz parte da política achar que sempre é o outro lado que age por interesses obscuros e admito e eu mesmo vejo isso da ministra, mas todos sabemos que não é bem assim, faz parte do pensar de cada um concordar ou não com qualquer coisa.

    Eu não concordo com o atual MinC, mas não porque acho que os defensores dele são porcos-capitalistas-vagabundos-pau-mandados e sim porque ele vai contra o projeto de nação que EU acredito.

    Desde que tomou posse a ministra mostrou uma tremenda falta de conhecimento não só do trabalho anterior como de toda a lógica do Creative Commons (que em certo momento ela chamou de "uma marquinha qualquer").

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  5. Gigopepo,

    pedir polidez no meio virtual, nunca será imprudência.
    Sobre o Creative Commons, este tema ganhará um artigo só dele, nas próximas semanas.
    Há motivos óbvios, baseados em leitura atenciosa de termos e leis para que eu assuma a postura de não incentivar o uso do selo para obras lítero-musicais. E há motivos claramente comerciais para os seus colegas incentivarem o uso de licença livre quase que religiosamente.
    O Minc não é espaço apropriado para tal propaganda. Aquela marquinha tendenciosa no canto da página, abria a discussão para a validade do direito do autor - profissional responsável por todo o acervo artístico nacional. Além de ceder, inclusive o que estava publicado no site e que não pertencia ao MinC.
    Por exemplo, se alguém quisesse comentar um post com poesia ou música, CC no conteúdo, também.
    Nossa lei permite que expressemos nossa própria vontade de licença. Como exige o direito moral de cada obra criada.
    Às bandas que não vêem valor nas suas obras, podem continuar livres para cedê-la. Estão cometendo a maior burrada do século, mas há a tal liberdade para isso e sempre existiu esse equívoco da classe - não por coincidência, são os que mais reclamam seus direitos hoje.
    Tenha sua convicção plena, baseada em fatos, não em correntes de propaganda tendenciosa que circula às bandas ligadas a esse eixo que insiste em tirar tudo da roda, do giro natural e legal.
    Pense com sua própria racionalidade. O que ganham com isso, com essa defesa fanática, é ético?
    Pergunta difícil pra quem entra no "mercado" sem a matéria básica da ética nas aulas/cultos desse eixo.
    Na semana que vem, quando o tema será Direito Autoral, talvez chegue luz às cabeças fechadas. Só quem não consegue pensar por si só, tem preguiça de ler e se aprofundar em conhecimento, se submete a tamanha lavagem cerebral.
    Paciência, talvez esta seja a seleção natural dos artistas deste século. O resto ficará entulhado sobre bytes e mais bytes disponíveis, mas que ninguém quer.

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  6. Pessoal,
    Acredito que o setor cultural como todos outros que navegam pelos corredores de Brasília estão sofrendo constante mudanças impulsionadas por novas mentalidades. É fato que o "Sistema trabalha para solucionar os problemas do Sistema", solucionar os problemas da sociedade é uma conveniência. Mas sobre o Blog, mais uma vez obrigado Malu pela informação. Acredito que o trabalho de Ana como também de Marina, conforme comentário de Edison Elloy, podem até não derrubar o muro, mas com certeza irá tirar alguns tijolos do lugar.

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  7. Antes de mais nada, sobre a polidez digital, o que eu disse foi: É imprudente pedir para ser respeitado quando não se respeita, só isso. Eu não sou vagabundo, meus amigos não são vagabundos, inclusive são muito trabalhadores e vários deles ganham seu suado dinheirinho com arte, música e outras formas de expressão licensiadas pelo CC.
    Tudo que eu produzo é MEU, meus desenhos, músicas e textos todos são licensiados em CC porque é algo em que eu acredito e tenho esse direito. Eu gostaria muito de entender porque é tão errado usar uma licensa gratúita, universal e com tanta flexibilidade para OS MEUS trabalhos e que ME atende de maneira mais interessante para os MEUS interesses.

    Todas as músicas do Cães do Cerrado estão em Creative Commons, não acho uma burrada, inclusive já fomos muito elogiados e pessoas compraram nosso disco exatamente por essa atitude. Inclusive, 100% das pessoas que compraram nosso disco pagaram mais de 100% do valor de 5 dólares que pedimos, acho que isso quer dizer que não só a banda como os fãs respeitam o trabalho e dão valor à ele, lembrando que o valor de algo não é sempre seu valor monetário, muito pelo contrário.

    Ser contra uma coisa é normal e acho louvável cada um defender seu ponto de vista, mas dizer que o outro é burro, vagabundo ou idiota por pensar diferente te fazer perder a razão.

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  8. Engraçado que, na ocasião da Feira Música Brasil, em BH, o Sérgio Mamberti, da FUNARTE, falou maravilhas do MinC de Gilberto Gil/Juca Ferreira e da requalificação da política cultural no país. Também estava presente lá o ALfredo Manev, então secretário do MinC.

    Aliás, quem estava na plateia da mesa de abertura da FMB, pôde ver que em ambas as instâncias as boas relações e o trabalho horizontal só aproximaram e fortaleceram as atuações de ambos.

    Ou seja, seu texto está tendencioso e altamente contaminado por um pensamento patriarcal e retrógrado acerca do contexto tecnológico atual, que dá liberdade ao artista para que viva de sua arte como quiser, não obrigatoriamente sob a tutela do Estado.

    Estado este que tolera a existência de uma OMB com regimento inconstitucional e que agora, na pessoa da Ana de Hollanda, quer prender o artista à instituições cujo funcionamento interno é obscuro e passível de corrupção, como tem saído na mídia atualmente. O ECAD é uma piada quase tão grande quanto a OMB. Esses sim, os verdadeiros vagabundos.

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  9. Desculpa Malu, mas você perde todo o crédito quando chama as opiniões contrárias às suas de burras e de vagabundos, aqueles que não concordam contigo. Discordar também não é sinônimo de cabeça fechada. Como é que pode-se falar de polidez no meio virtual com uma coisa dessas?

    Em qualquer esfera política há interesses escusos e louváveis, é muito triste polarizar um debate descreditando todo o contrário como fruto de interesses obscuros e como se não houvesse heterogeneidade até mesmo em opiniões consonantes.

    Sou totalmente à favor das licenças Creative Commons, porque elas facilitam o licenciamento de obras. Nada mais é do que um padrão que visa facilitar a compreensão de uma licença tanto para um autor quanto para um expectador que muitas vezes fica perdido sem saber até onde ele pode utilizar um conteúdo. Dizer que com elas você licencia obra de terceiros não é verdade. Se alguém publica o conteúdo de outro sem a devida licença ou crédito, é culpa de quem publica e não do padrão de licenciamento. Além disso, fazer referencia à um padrão internacional sem fins lucrativos não pode, mas fazer propaganda pras grandes corporações lucrativas da internet como Twitter e Flickr pode?

    Dizer que não cobrar dinheiro por uma obra é o mesmo que não valoriza-la é complicado. O valor da obra está no que ela diz, não no que ela custa. Por essa lógica os artistas do Rick Bonadio são os bens culturais mais preciosos do nosso país. Se alguém quer dizer mais do que cobrar, não é burro e nem está desvalorizando sua obra. A opção é de cada um, não há certo nem errado.

    Falar sobre o direito do autor defedendo o ECAD é uma hipocrisia. Cobrar é tão legítimo quanto distribuir gratuitamente. Eu quero que todo o conhecimento que eu produzir seja gratuíto para todos pra sempre, é meu direito fazer isso. Cadê o direito do autor quando ele tem que pedir autorização do ECAD pra tocar suas próprias músicas sem pagar por elas? Cadê o direito do autor quando o ECAD cobra pelas minhas musicas pra pagar artistas conhecidos, sem a minha autorização? Cadê o direito do autor quando o ECAD continua fazendo contas por amostragem quando poderia estar fazendo por acesso? Cadê o direito do autor quando pra ter opinião no ECAD você tem que ser o mais rico? Penso que tenha algo muito errado nessa lógica...

    Mesmo não concordando com suas opiniões, continuo valorizando seu trabalho e esforço que eu sempre vi na produção do BHIndie e luto até a morte pelo seu direito de expressão.

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  10. Ô Gigopepo, ficou pessoal a discussão, quando deveria ser filosófica.
    Acho que a "turma" pega pesado demais do lado daí. Compra briga por boi pequeno.
    Tá faltando leitura? Tá faltando informação? Ou tá faltando simplesmente respeito pro fortalecimento amplo do ataque?
    Onde, no meu texto, eu falo que quem usa CC é vagabundo? Nem falei sobre o assunto da licença CC neste blog, ainda.
    Mesmo porque, desocupado mesmo, tá twittando #foraAna e, em outra hora na marcha da maconha e depois, volta pra internet pra criar mais uma confusão virtual.

    Ao passo que você me diz estar muito satisfeito com o uso e que, inclusive, tem tido rendimentos financeiros com seu trabalho à partir dele, vejo que o discurso da banda às vezes se confunde quando diz que não espera ganhar dinheiro com música porque outros trabalhos em outras áreas lhes sustentam. É o papo do atleta de São Silvestre que chega em trocentésimo lugar - o que vale é participar e, quem sabe, dar um tchau pra câmera.
    É o papo do dentista que tem uma banda de jazz com os amigos engenheiros e médicos. rincadeira que acaba quando chega o primeiro filho de alguém da banda.
    É o papo de quem pratica um hobby e não quer ser profissional com medo do perrengue.
    Todos os exemplos cabem num único significado: AMADORISMO.
    Há uma longa estrada pro caminho profissional de um artista e ela só começa quando o artista tem rendimentos financeiros com a atividade. O objetivo é que esta atividade lhe seja mais lucrativa que prejudicial, financeiramente. E é nesta maratona que estão medalhões e jovens artistas. Ninguém aqui tem tempo de dar tchauzinho pra câmera. A corrida é séria. Fora desta estrada, só os amadores.
    Amador: aquele que pratica qualquer arte ou esporte, sem ser um profissional.

    lembrando que o valor de algo não é sempre seu valor monetário, muito pelo contrário. Isso é o que diz você. Meu amigo, veja quanto custa um carro bacana e um fusca usado com limite de 70Km/hora. Veja quanto custa morar bem com vista verde. Veja quanto custa comer alimentos 100% naturais. Então me prove que Van Gogh seria um gênio se sua obra não fosse avaliada em milhões de dólares.

    Até num país comunista, a arte tem valor monetário. Esse papo é furado, amador e fraco.

    Enquanto o discurso defender que o artista não precisa ter sustendo no que cria, sou levada a acreditar que este discurso não vem do artista profisional e sim do amador.
    Estes artigos são escritos para os artistas profissionais (aqueles que enxergam, sim, valor no seu trabalho). Os demais, sinceramente, não me interessam. Não duram, não criam o que valorizam (por tanto, porque hei de valorizá-los?) e jogam com outros interesses que não são arte, criação e valor ao profissional artista.

    Quem não se posiciona ao lado dos artistas e do valor cultural que estes empregam pra história de um país, artista não é.

    Só pra terminar a história do CC, ainda incompleta na análise geral do meu artigo, quem quiser usá-lo é livre. Pode, inclusive, tatuar o símbolo na testa. O MinC que estimule a criação de uma licença nacional - é o limite do seu papel no estado. Mas fazer apologia ao uso, é deselante, anti-ético, impróprio e desrespeitoso. Esta não é minha opinião. É fato.
    Imagina se um brasileiro cria uma licença parecida para o território nacional? Vão me dizer agora que aquilo não era merchandising internacional?
    Papo pra boi dormir... e de touca.

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  11. Z
    Ou melhor, Luiz.
    Não vou me estender com você.
    Juca/Gil - um mesmo time. Um time que jogou sujo pra que a gente chegasse ao ponto chegou. Parece que a carapuça serve pra mais gente, ainda.

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  12. Malibu,
    O ECAD será outro artigo também.
    Mas quando você fala que ele cobra dos músicos pra tocar as próprias músicas, não se pergunta por quê.
    Imagina se um produtor de evento que captou mais de 100 mil reais pra produzir um festival, ciente de que deve lhe pagar pelo direito de execução pública, obriga-o a liberar suas obras?
    Lhe parece familiar a situação?
    Pois bem, o ECAD sabe que aquele evento não é seu e cobra de quem lhe deve. Mas se o acordo com a produção lhe for tão rentável assim, porque não ceder? Eu sei porque muitos aí cedem. Eu não cedo.
    Esse é o meu direito em Lei.
    Como também é meu direito ceder no caso de um festival sem grana, ou na minha própria produção de lançamento.
    Não vou adiantar meu próximo artigo. Só antecipo minha visão de dentro da coisa: o ECAD tem problemas, mas quem os resolve são os autores/intérpretes. Não os políticos imbecis, corrompidos e vaidosos. Menos ainda, quem não conhece o trabalho do órgão, não usufrui do seu serviço, ou na pior das hipótese, não quer pagar (nem por decreto) o direito do autor.

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  13. Como vejo nestes comentários o espírito de auto-defesa só de membros ativistas do Coletivo FdE Pegada, não posso perder a oportunidade de lhes perguntar:

    vocês vestem a carapuça deste artigo por que? Vocês tem medo de Ana de Hollanda?
    Vocês estão por trás do #foraAna, da CPI do ECAD, da quebra do copyright e do direito do autor, da disseminação de inverdades na rede sobre o MinC, da reforma da LDA que tiraria do autor a exclusiva apropriação pela sua obra?

    As ações e os pensamentos são coletivos também? Não existe indivíduo, ou tudo é ação orquestrada por uma cabeça que pensa por vocês e ordena: mantenham este discurso ou estão fora! Sim, porque o discurso é o mesmo. Dá até pra copiar e lançar no google como pesquisa.
    No final, terá espaço pra todo mundo, ou só pra quem lamber melhor as botas do patrão? Então, bandas do eixo, se empenhem nas lições de puxa-saquismo porque o muito sempre foi para poucos.

    Artista independente não depende de discurso pronto. Artista independente não é Crtl+C Crtl+V, seja na arte, seja na atitude. E esse discurso coletivo acho que já perceberam que está enfraquecido, tamanha a repetição.

    Apontar novas visões e esclarecer fatos que O Globo não relata por conveniência é função social, mais que opinião própria.
    E não confundam opinião com postura. Postura se baseia em ética. Ética não se muda, não se transfigura. Opinião sim e, por isso, nem sempre a opinião é ética.

    Fatos como os que narro, compartilho-lhes as fontes. Alguns jornalistas no blog Cultura e Mercado também defendem a mesma lógica de raciocínio em diversos artigos. Não à toa vejo tantas caras familiares atacando as postagens lá também.

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  14. Aproveito o ensejo e deixo meu recado ao FdE:
    Se limitem a impulsionar trabalhos artísticos. Parem de usar discursos sofistas que induzem tantos ao erro de, inclusive, acreditarem que o movimento de vocês é em pról da música e da arte, mais que político tendencioso que usa da arte e da música para ter expressão política e financeira. Trabalhem sem o uso do dinheiro público ou do dinheiro do público e aí, vou acreditar no discurso implantado "grana não é tudo".

    A mim, as intenções, regras e discursos do FdE nunca me convenceram. Talvez porque conheço o jogo do mercado mais que todos vocês juntos.
    Mas, não percam tempo em provar nada a mim. Provem ao mercado independente de música, a todos os artistas que fazem parte da cadeia, que o princípio do FdE não é mais cruel que o das famigeradas gravadoras e editoras leoninas do país. Que o artista tem valor a receber e não que o artista deve ter valor a lhes dar, tão somente.

    O FdE é a "vitrine". A música das bandas "a mercadoria" exposta. E o caixa, quem fecha pra quem?

    O tempo de apresentar resultados concretos, em relação à máquina que possuem, está acabando. Está mais que na hora de provar que o mecanismo criado vai colocar artistas independentes no eixo do mercado. E falo de todos os artistas independentes, não só da meia-dúzia de sempre, enfiada goela abaixo e que, ainda com tamanho esforço, o mercado não absorveu.

    Triste você criar uma banda e antes que ela dê certo, você descobrir que seu talento no mercado é tão somente como gestor cultural. Dó!
    Triste você se envolver com arte (mesmo no backstage) e descobrir que foi levado em marcha à política (de choque). Dó!
    Triste você descobrir que sua opinião foi doutrinada para que você nunca soubesse, exatamente, o que faz no jogo em cena e pra quem. Dó!
    Triste descobrir que coletivo é o novo nome da já famosa "panelinha". Dó!
    Mais triste ainda é você fazer parte de uma máquina, ver dela um entusiasmo de chamar a atenção da imprensa brasileira e não encontrar o nome da sua banda lá, ou da cena de música independente nacional, mas um uníssono recado desaforado pra quem não diz amém ao capilé. Mais dó!
    Dá pra fazer samba de uma nota só.
    É desse lado que se deve sambar?

    Assumam logo a "razão social" de vocês que não é coletivo de bandas, mas coletivo de gestores culturais.
    Ou então, mostrem, divulguem e promovam as músicas das bandas. Párem de enrolar bandas novas, escravizando os jovens músicos que hoje são vendedores nas banquinhas, panfleteiros de plantão, djs em festas, estagiários de produção, numerosos proponentes de possíveis projetos culturais de vento, inflamadores da difamação, defensores do PCult e, tudo isso, para se tornarem membros de futuras ex-bandas de rock.

    Ainda bem que muitas destas bandas não vivem só de arte, só da música que criam. Porque nunca vão viver disso, onde estão. Eu não tenho dó alguma. Definitivamente vocês não nasceram pra serem artistas, nem músicos, nem, tão pouco, ajudantes de pedreiros da grande obra cultural nacional. Vocês são natos gestores culturais de exploração da criação dos outros.

    Entenderam agora de que lado eu sambo?

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  15. Não sabia que no seu blog só pode postar quem concorda com você. Devia ter deixado isso mais explícito ou não utilizá-lo publicamente.

    Desculpe o incômodo, heheh.

    PS: Fora Ana(crônica) de Hollanda.

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  16. Malu,

    Segundo o seu texto, em caixa alta, se alguém discorda das políticas de Ana de Holanda é porque é vagabundo. Não é falta de compreensão.

    Sou contra suas opiniões, mas, ainda sim continuo te respeitando. Como sempre respeitei.

    Não compartilhar com as idéias da Ministra e não querer que ela continue na posição que está não é ser desocupado É direito e opinião.

    Em relação ao ECAD, sei que nós temos opiniões muito divergentes, mas não acredito em uma instituição que é menos transparente que o governo. E falar que os políticos são mais corruptos que representantes das associações que formam o ECAD, com a grana que passa lá dentro, sem possibilidade de fiscalização externa, vai me dizer que lá não existe corrupção? Eu concordo quando você me diz que é seu direito receber pela sua obra, mas não acho justo que cobrem sem minha autorização, menos ainda me obrigar a pedir autorização pra tocar minhas próprias composições. Do mesmo jeito não concordo com o ECAD bater em festa de escola pra cobrar direito autoral.Não concordo com a obscuridade e a arbitrariedade tanto na hora de arrecadar quanto na hora de distribuir. Existe tecnologia e o ECAD dinheiro pra fazer uma ficscalização melhor e mais justa de todo o processo. Não faz porque o ECAD não é uma instituição democrática e o poder de voto é por arrecadação e não por indivíduo.

    Se alquem trabalha, colabora, acredita ou qualquer coisa faz por opção pessoal. Não vivemos em uma ditadura onde vc é obrigado a fazer as coisas. Se alguem apoia grupo X, ou grupo Y, não tem importância alguma. Todo grupo é formado por individuos, com opiniões individuais, mas que muitas vezes são compartilhadas por outras pessoas. Imagina que, se por não concordar com vc, eu descreditasse todos os que te apóiam porque estão na produção ou participando do BH Indie? Isso não faz o menor sentido...

    E repito. Discordar não é atacar. Não falo por outro que não seja eu, mas não há ódio, nem raiva e nem violência em nehum dos meus comentários.

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  17. é sujeito...
    Aqui neste veículo, bem como neste projeto, só se insere quem compartilha a mesma filosofia, sim. Postagens aqui, só responsáveis e éticas.
    Não deixei que este projeto se contaminasse com as informações falsas e as inverdades que circulam no FdE. Como também não permiti que a "igrejinha", seus "pastores" e seu "culto" chegassem a este território.

    É mais conveniente ao FdE que quem pensa diferente de vocês cale a boca. Regra da intimidação que a mim não cola.

    O seu PS não me parece, em momento algum, uma grande surpresa. Mas foi extremamente válido para que se torne explícito à todos que lêem o blog, quem são alguns dos sujeitos responsáveis pelo golpe armado contra o MinC. A que grupo pertencem aqueles que se escondem, durante os últimos meses, atrás da nomenclatura covarde de "sociedade civil". Esta pilhéria tem dono - eu já dizia isso.
    Se preocupe, à partir de agora, com o incômodo. Seu grupo acaba de prestar grande serviço para o melhor esclarecimento das informações aqui postadas às centenas de pessoas que as lêem.
    Mas fique ligado, senhor hehehe: quem ri por último ri melhor.

    Muito provavelmente, as postagens do [política e pensamento] desagradarão muito à pessoas como vocês. Mas os comentários continuarão abertos, sem moderação, por propósito bem claro - chegar à verdade. Quem veste carapuças, só colabora para que isso aconteça mais rápido.
    Agradeço a ajuda voluntária na exposição do seu coletivo. Você tornou público: o seu coletivo é um dos grupos que têm medo de Ana de Hollanda.

    O que precisamos esclarecer agora, é que vocês não tem a mínima legitimidade para se empoderar da política cultural de um país. São sujeitos amadores, notoriamente amadores.

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  18. Malibu,

    Vou te ajudar, mais uma vez, na compreensão do texto: chamei de vagabundo (e até pedi desculpas aos leitores pelo desabafo) quem não deixa a ministra trabalhar, provocando crises e confusões com boatos infundados que estão prejudicando milhares de artistas profissionais como eu.

    Quando assumem seu papel na crise, vocês se auto-depreciam, ironicamente, sem a minha ajuda. Não me responsabilizem pelas ações que lhes inferem tamanho descrédito.

    Alguns podem discordar do texto, é justo e intencional. Como minha postura profissional é firme e de longa data, não escreveria um artigo desinformativo em hipótese alguma neste blog.
    Com tantos fatos e fontes, quem discorda de um artigo como este é quem compartilha do fortalecimento do falso discurso. Há um motivo para isso e, particularmente, acho o motivo suspeito, porque informação não lhes falta. Está inclusive aqui para o mundo ver. Mas por que a boataria lhes sobra?
    Opinião é democrática, sim. Mas deve ser embasada em ética e verdade para se tornar expressão legítima. Informativos tendenciosos que estimulem a pratica da manipulação da liberdade de expressão é crime.
    Desta forma, penso que a opinião de vocês é mais que imprópria, é ilegal. Beira a ofensa moral, a difamação, a injúria, a misoginia, a violência e o terrorismo virtual. Como tal, deveria ser, inclusive, proibida de circular, ou até ser obrigatório o pagamento de multa (em alguns casos do código civil, reclusão) por cada mentira publicada para que a real liberdade de expressão tenha validade legal no exercício dos direitos humanos.

    Não é hora de compartilhar posições sobre o ECAD com você. Ainda não falei deste assunto profundamente neste blog.
    Quando for a hora, o tema, suas opiniões serão bem-vindas ao debate. Só não venha confundir a todos com "festa de escola" quando deveria dizer festa com entrada cobrada em espaço escolar, ou festa de DCE com cerveja a 5 reais e entrada a RS20.

    Aprecio o "respeito" citado por você quanto ao projeto BH Indie Music. Mas, claro, não existe respeito, quando não há tolerância. O BH Indie Music é o "incômodo" do FdE, no coração do Brasil.
    Mas alguém deveria cumprir esse papel mais que urgente e legítimo, não? E esta honra é minha.

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  19. Peço, agora, licença à vocês para que eu possa me retirar, neste momento, da discussão.
    A respiração é necessária para a elaboração do meu próximo artigo de hoje.

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