Esta quinta, prepare os ouvidos porque vem por aí melodia e muita poesia.
Já fechada nossa agenda, eis que recebo um e-mail do Lucas (Pegada). Uma banda do Espírito Santo estava aqui em BH e sem data, além da programação do SESC Venda Nova - Centro Cultural.
Bom, os caras estão no meio do cinema num festival que tá rolando por lá. Por quê? Porque o trabalho deles envolve videografias e palavra falada e cantada.
Então, com muito prazer, já que nossa panela aqui não tem tampa, vamos abrir as portas pro povo do "Sol na Garganta do Futuro" e temperar essa mistura de rock alternativo e experimental.
Esta semana, até às 22h, quem chegar paga meia-entrada. E a gente tá falando de uma grana que todo mundo pode pagar - R$2,50.
Depois das 22h, o ingresso pros três shows custa R$5,00.
Vamos falar agora, um pouco das bandas desta próxima quinta.
VINDE VENTURA
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Rock Alternativo (BH)
A banda chegou no I BH Indie Music, ainda nos tempos em que atendia pelo nome Meio Fio.
Entre as 18 bandas escaladas naquela edição em junho, esta era, sem dúvida, a mais jovem banda no evento.
Naquela época, ouvia bobagens do tipo: o evento precisa de curadoria, selecionar gente mais preparada... mas eu já estava cansada de ouvir e ver as mesmas bandas estampando os cartazes do meio independente e se acotovelando pra ver quem enxergava o sol primeiro. Enquanto o sol nasce pra todos...
Vi, presenciei, acompanhei toda a estrutura de formação da banda. Mudaram pra conseguirem chegar num som mais melódico e o nome passou a ser Vinde Ventura, no propósito de arejar a inspiração e os relacionamentos da equipe.
Vi seus integrantes ralando, crescendo e brigando pra que aquilo não fosse um momento de diversão sem comprometimento, mas um projeto de extensão do crescimento dos integrantes e da banda que construíam.
Vi a música deles ser tratada com respeito e atenção no silêncio, na palavra, na métrica, no timbre. E o público crescendo.
Hoje vejo as mesmas pessoas que me falavam as baboseiras de antes, em silêncio.
Que venha a sorte deles, porque o trabalho e talento já está aí.
O Vinde Ventura é cantado em português e é bom entender o que dizem porque falam de relação humana.
O som é um misto de hard no peso e pop na construção.
Leve e autêntico.
RAM
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Rock Alternativo (BH)
Na banda RAM poucos já tinham nascido quando a febre do rock contaminava o planeta.
Daquela linha de construção, sessentista, meio folk, meio blues, meio country, nasce a proposta da banda.
Tão fiéis à estética, cantam em inglês.
A impressão que dá, quando a gente ouve RAM é que está num daqueles bares de BH, ouvindo uma sessão cover de America/Simon&Garfunkel/Bob Dylan e tudo que nos remete aos anos de 68 e 69. Mas a banda é real, é de verdade, é de som legitimamente autoral. E a viagem começa a ficar mais surreal, ainda.
E a gente acaba embarcando, sentindo o cheiro do passado consumindo o espaço. Quase se sentindo como nossos pais... eu disse que a viagem era brava...
Nessa quinta o rock'n'roll vai marcar sua presença.
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É que o trabalho é super experimental. Poesia, palavra...
Até manchete antiga de jornal os caras lêem. É bom pra caramba, quando a gente abre os ouvidos e deixa a mente pensar, sem querer resolver nada. Ver a palavra, imaginar os cenários onde a história se origina para ser narrada.
O trabalho desta banda vem se destacando com as interfaces tecnológicas que aplicam aos shows. Não vai ser agora que veremos a complexa montagem. Vamos ouvi-los e vê-los. Entendê-los.
Misturando violões, violas, flautas, são trilhas sonoras ao vivo.
A platéia estará sentada para assistí-los. Acho da maior prudência e imediata providência.
E que todos acompanhem a diversão garantida desta próxima quinta.
A gente se vê por lá e, depois, comentamos tudo aqui no blog.
por que os shows do RAM sempre me insitam a acender um cigarro? tenho que falar isso com o paim depois.haha!
ResponderExcluirEu tive essa onda tb!
ResponderExcluirEu achei a quinta de ontem, definitivamente, fodástica!