Ontem à noite, eis que chega o e-mail esperado do David Dines sobre o relatório completo das experiências da banda nas boas bandas de lá.
Aproveitando o assunto, vamos falar do 1º Rock Fusion que aconteceu em Ribeirão das Neves, também no sábado passado, comemorando o lançamento do Coletivo Semifusa.
AS HORAS NO 1º CIRCUITO CATRUMANO DE MÚSICA INDEPENDENTE
Apostam neles, as bandas, que como As Horas, percorreram 800km na expectativa. E o público que não conhece a atração da noite.
As boas energias e o bom emprego do otimismo, além do trabalho que se finda só depois do final, acabam que, justamente, trazendo os resultados merecidos.
Abaixo, trechos do e-mail do David:
"... foi uma experiência foda, F.O.D.A., com todas as maiusculas e negritos possíveis! Expectativas superadas em larga escala!"
"... Amps de guitarra grandes, retornos individuais, microfones wireless e iluminação preparada: muito mais do que poderíamos esperar!"
"... Pra constar: tratamento de primeira, hospitalidade nota mil. Sem falar nas pessoas de cabeça aberta, com as quais pudemos trocar experiências sobre o ofício da música independente de forma honesta, sem meias palavras e com senso ético, do jeito que deve ser feito."
Tal qual as necessidades de titãs, a gente come, bebe, se diverte, vive arte, mas também se emociona. Por que de longe, há 430 Km de distância, a gente só pode torcer para que tudo dê certo na viagem, no show, nas expectativas de todos que investem neste trabalho da música. E quando esse retorno nos chega com entusiasmo e tranquilidade... ufa! Mais uma etapa do trabalho cumprida.
Não me cansarei de dar os parabéns à todos de Montes Claros. Agradecemos aqui ao Instituto Geraes, em nome de todos que fazem parte do BH Indie Music e seus projetos.
Agradecemos, também, as fotos tiradas e cedidas pelo Alan Lima do Coletivo Retomada e pela cobertura completa do evento, que vem sendo filmado pelo Samuel Possilga da A.R.M.C.R. para que pudéssemos contar a história destas viagens aqui neste blog.
Vale conferir o depoimento pessoal e presencial do Instituto Geraes no blog deles. É de arrepiar quem torce e trabalha para que tudo dê certo no mercado de música independente. E postem um alô pros caras que eles merecem esse retorno: http://institutogeraes.blogspot.com/
Mas, mais que isso, a Sofia é F.O.D.A. mesmo! E merece ser vista, como todas as bandas que estão descendo do Norte de Minas a cada 2 semanas para BH pela qualidade que carregam na bagem autoral. Qualidade que precisa ser ouvida e presenciada por todos os sensíveis titãs desta cidade. Vambora engrossar as palmas de amanhã!
SOBRE O ROCK FUSION EM RIBEIRÃO DAS NEVES
Uma banda, das 18 que estavam escaladas para o festival, me chamava mais a atenção, era o 4º do Sebastião. Claro, perguntei da onde vinha aquele nome engraçado e curioso. E a história contava justamente a raça da banda. Era o quarto d'um sinhorzinho que emprestava o cômodo pros ensaios da banda.
E a banda chegou ao palco num domingo à tarde. Nas letras não carregavam mágoas contra o sistema burguês, política, polícia ou reinvidicações sociais. Falavam de sentimentos, falavam de amor. Não que houvesse qualquer pré-conceito formado, mesmo porque, ainda no I BH Indie Music, era possível ouvir as MP3 que as bandas enviavam.
Bom, esta é a história do início e do fim da banda 4º do Sebastião.
Contudo, as relações humanas, imprescindíveis neste movimento, me aproximaram de Rodolfo Gullar, guitarrista da extinta banda. Em setembro de 2008, convidei-o para a assistência de produção do II BH Indie Music. Não queria perder aquele ser humano de vista e esperava, sinceramente, que sua música não terminasse.
Disse-lhe que queria-o por perto do BH Indie Music para que ele pudesse ter experiência para guiar um projeto semelhante em Ribeirão das Neves e fomentar a cena local. Ele veio.
De uma distância, que só provei neste final de semana, entre os 25 km que separam Belo Horizonte de Ribeirão das Neves, vinha ele, todos os sábados, organizar as apresentações que aconteciam no Matriz à tarde, pelo II BH Indie Music. Colaborou no Minueto, também, e estava disposto a maiores colaborações se eu não visse na sua dificuldade de transporte diário um desgaste físíco desnecessário e irresponsável, insensível, da minha parte, se permitido.
O II BH Indie Music termina numa confraternização de bandas participantes e foi triste não vê-lo com a sua banda no palco. Contudo, dei-lhe uma tarefa de participação especial com Junkbox e o coloquei no fogo da "jam" e do improviso.
Rodolfo voltou à Neves. Especulo agora, deve ter deitado exausto no sofá de casa, aberto o case, empunhado sua guitarra, olhado traste a traste, ensaiado uns acordes e corrido ao telefone, atrás da galera.
Não só remontou a banda, deu-lhe novo nome, mas também assume a frente do palco, como vocalista. E cá entre nós, adianto, que vocalista era ele e onde ele o escondeu esse tempo todo?
E não parou por aí, se reuniu com os trabalhos locais, com as bandas independentes da região e criou o Coletivo Semifusa, que foi lançado junto com o projeto intitulado "Rock Fusion". Ambos, nasceram de uma proposta bem embasada, dada a realização do evento no último sábado.
Há uns 4 anos venho vendendo de mão em mão o CD Florais e perdemos a rota dos nossos discos, quando trabalhamos de forma independente. As gravadoras pedem shows em regiões que querem vender discos, ou vendem shows em regiões onde os discos vendem. Nós, independentes, não temos mapas, relatórios e somente semeamos.
Meu depoimento pessoal como banda? Deu certo pra Junkbox.
Junkbox - Foto: Ricardo Reis
Ricardo Reis deu as honras da casa e abriu o projeto. Sozinho, em voz e violão, levando suas canções à massa em seu segundo show solo, deixou-se tomar por grande coragem que o levou até o final, com o aplauso do público.
Ricardo Reis
Nós, com a Junkbox, que passamos por todas as mais hilárias histórias (isso porque rimos de nós mesmos) pra chegar a tempo no show, subimos em seguida. Já narrado o sucesso da nossa apresentação no Rock Fusion, continuamos a grade.
Manolos Funk - foto: Rodolfo Gullar
Verto
Hum... Carolina Diz e diz tudo. Quem eram Zezé di Camargo e Luciano, Chitãozinho e Xororó pra assumirem aquele palco e segurarem aquele público, naquele momento? Tava tudo dominado! O Rock Fusion era independente. E a canção "Mariana" criava o clima de palco e festival de grandes bandas.
Carolina Diz - foto: Ricardo Reis
Tive que voltar antes dos shows do Radar 04 e do Orfeu, ambas bandas locais. Estava com um carro emprestado de uma amiga e tinha que devolvê-lo. Além disso, o fusquinha 86 não tinha farol alto e o macaco dava medo de precisar usar.
Mas, através do blog do Semifusa conferi que o Rock Fusion foi fechado com chave de ouro pelos donos da casa, como assim deveria ser.
Parabéns Coletivo Semifusa! O prazer é todo nosso de vê-lo nascer.
O Verto estará no Projeto Matriz da próxima semana, não percam este show.
A gente se encontra ao vivo e em cores amanhã no Matriz.
por Malu Aires
I advise you to read this info if you want to track cell phone location. It works!
ResponderExcluir